O clima no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) se tornou mais tenso nos últimos dias. Conforme apurado por fontes do , a confraternização dos servidores do Poder Judiciário, programada para a próxima terça-feira (17.12), foi suspensa por determinação da presidente da Corte.
A situação se agravou após questionamentos levantados pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) acerca do pagamento de horas extras e de uma alteração considerada “discreta” na Portaria TJMT/PRES 918/2021. De acordo com o presidente do Sinjusmat, Rosenwal Rodrigues, a referida modificação incluiu a previsão de pagamentos “eventuais”, sem especificações detalhadas, além de diárias.
Rosenwal informou que já formalizou um pedido de esclarecimentos à presidente do Tribunal, desembargadora Clarice Claudino e aguarda uma resposta. Caso contrário, ele pretende encaminhar a denúncia ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O episódio aumenta a pressão sobre o Judiciário mato-grossense, que enfrenta uma crise de credibilidade desde a morte do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023. À época, vieram à tona denúncias de venda de sentenças, culminando no afastamento de dois desembargadores.
Um novo escândalo seria um golpe indesejado para a imagem do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que busca recuperar a confiança da sociedade.
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