Após ação da Advocacia Geral da União (AGU), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), considerou ilegal a greve dos petroleiros, marcada para esta quarta-feira (30.05). Foi estipulada multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. Segundo o Governo, a paralisação tem ‘’natureza política e ideológica’’ e argumenta que a greve é política, pois os petroleiros pedem a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, por exemplo.
Segundo a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, um acordo coletivo feito entre as empresas e seus funcionários está vigente até 2019, o que comprovaria o caráter político e não trabalhista. A ministra ainda classificou o movimento de ‘’oportunista’’ e diz considerar ‘’inadmissível’’ a ação de um determinado grupo para prejudicar serviços vitais, trazendo danos a sociedade.
Apesar da decisão judicial, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), um dos organizadores do movimento, junto com o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), manteve a greve de 72 horas. A FUP exige a diminuição dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, o fim da venda de ativos da Petrobras, fim das importações de derivados do petróleo e a renúncia do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Além do posicionamento contrário a qualquer tentativa de privatização da estatal.
Os petroleiros dizem que é uma paralisação de "advertência", alinhada a outras grandes ações que devem acontecer. Outras centrais sindicais demonstraram apoio ao movimento, como a Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).