Pelo menos oito pessoas, entre elas uma criança, morreram após um ônibus bater num poste na Avenida Doutor Getúlio Vargas, no bairro Santa Catarina, em São Gonçalo. Segundo a Polícia Civil, sete pessoas ficaram feridas. Cinco foram levadas para o Hospital estadual Alberto Torres, no Colubandê. Já o cobrador e o motorista do coletivo, identificados, respectivamente, como Ângelo Gomes da Silva e Waldinei Rangel de Oliveira, foram hospitalizados na Casa de Saúde São José, na região. De acordo com informações do 7º BPM (Alcântara), os outros cinco feridos foram identificados como Geovane Farias, Leandro Fagundes da Silva, José Soares Ferreira, Anderson Marli e Willian Lemos da Silva.
Inicialmente, a Polícia Militar havia dito que pelo menos 11 pessoas teriam morrido. De acordo com informações da Polícia Civil, que fez perícia no local, o ônibus fazia uma curva, e o motorista teria se assustado com um carro que vinha na direção contrária. O coletivo teria derrapado na lama e atingido o poste. Com o impacto da batida, o transformador caiu sobre o coletivo e explodiu. O ônibus era da Linha 532, da Viação Mauá, que fazia o trajeto Niterói-Alcântara e ficou destruído.
— Ainda não podemos afirmar que o ônibus estava em alta velocidade. Já identifiquei algumas testemunhas presenciais que serão intimadas para prestar depoimentos. Irei ao hospital também falar com os feridos, entre eles o motorista, que poderá ajudar a esclarecer o caso — disse a delegada adjunta da 73ª DP (Neves), Danielle Peres.
De acordo com o diretor operacional da Viação Mauá, Flávio Jantomaso, a câmera que estava localizada dentro do coletivo também foi destruída e, por isso, não poderá ajudar nas investigações.
— O motorista tinha quinze anos de casa e é um profissional experiente. Ele sofreu queimaduras de segundo grau, mas tivemos informações de que ele já falou com a família por telefone e está sendo medicado. Já o cobrador passou mal e entrou em estado de choque. Ele está no C.T.I da Casa de Saúde São José. Há muita lama no local, mas ainda não sabemos se essa foi a causa do acidente. A empresa está prestando todo atendimento necessário às vítimas e parente — disse Flávio.
Moradores da região e os frentistas do postos de gasolina, localizado próximo local do acidente também tentaram ajudar as vítimas. O técnico de telefonia Miguel Barbosa, de 30 anos, foi um deles:
— Ouvi um estrondo muito forte, por volta das 5h30m. Sai de casa e vi o que tinha acontecido, corri para tentar socorrer os feridos com ajuda dos frentistas. Conseguimos ajudar quatro pessoas, que ainda saíram com vida. Infelizmente, a maioria não conseguiu sair. O calor era muito intenso.
Valdeia da Cruz, de 35 anos, conta que ouviu os gritos quando estava dentro de casa.
— Ouvimos os gritos e pensei que o ônibus tinha invadido o posto de combustível. Foi um desespero muito grande — disse Valdeia, ressaltando que toda vez que chove no local, muita lama se acumula na rua.