Um dos refúgios da presidente Dilma Rousseff em Porto Alegre, a casa de seu ex-marido, o ex-deputado Carlos Araújo, recebeu um esquema especial de segurança no início deste mês após a Polícia Federal (PF) ser notificada sobre o risco de um possível sequestro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (20) pela corporação, e confirmada pelo Ministério da Justiça.
Segundo a PF, no início deste mês, agentes monitoraram o local e os passos de Araújo durante aproximadamente sete dias. Com os mesmos moldes de esquemas destinados a chefes de estado, o procedimento de segurança mobilizou agentes na residência, localizada no bairro Assunção, Zona Sul da capital gaúcha.
Via assessoria, a PF informou que a motivação e a origem da suposta ameaça são informações "reservadas". A corporação garante que qualquer tipo de risco a Araújo já foi descartado e controle da segurança no local voltou ao patamar normal.
De acordo com informações do Ministério da Justiça, a suspeita foi repassada à PF pela área de inteligência do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), após um iraniano que estava preso no Paraná falar a um agente penitenciário sobre um suposto plano para raptar Araújo, que estaria sendo arquitetado por presos que integrariam uma facção criminosa. O estrangeiro foi transferido para um presídio em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a PF acompanhasse Araújo. Por fim, a polícia apurou que a informação não procedia e suspendeu o esquema de segurança na capital gaúcha. Ainda segundo informações da pasta, investigadores descobriram que o preso iraniano é conhecido entre agentes penitenciários por tentar plantar informações falsas, com o objetivo de negociar sua deportação.