A informação foi repassada pelo diretor do DHPP (Departamento de Proteção à Pessoa), Jorge Carrasco. Por volta das 17h, ela ainda estava no departamento, mas a polícia não informou seu o interrogatório havia terminado.

— Ela disse que houve uma discussão conjugal porque ficou sabendo de infidelidade. Nessa desavença conjugal, parece que houve uma agressão a ela. E, nesse momento, ela pegou a arma e executou o tiro.

De acordo com Carrasco, a arma usada não era a de calibre 765, mas sim uma 380. Na sequência, ainda segundo o delegado, ela disse que arrastou o corpo do marido até o banheiro da empregada, onde esquartejou o empresário.

— Ela arrastou o corpo até o banheiro da empregada e lá fez o esquartejamento. Aquelas malas que ela desce na imagem que captamos do edifício, realmente estavam com partes do corpo. Ela foi à região de Cotia e lá fez a desova.

Veja a versão da polícia para o caso: Os pedaços do corpo do empresário foram espalhados na divisa entre as cidades de São Paulo e Cotia. Elize disse à polícia que vai apresentar as facas usadas no desmembramento do corpo. Uma varredura também está sendo realizada em Cotia para encontrar as malas usadas pela mulher para transportar as partes do empresário.

O diretor do DHPP ressaltou que a confissão dela foi espontânea. E, apesar de Elize afirmar que cometeu o crime sozinha, a polícia ainda não descarta a participação de outra pessoa.

Perícia: Ainda nesta quarta-feira, a polícia deve fazer uma nova perícia no apartamento do empresário, que fica na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. Técnicos do Instituto de Criminalística já fizeram, no início da semana, uma varredura no imóvel à procura de provas que ajudassem a esclarecer o crime. O banheiro da empregada, no entanto, não chegou a ser verificado.  

A polícia não descarta a hipótese de que Elize tenha guardado o corpo do marido em um dos refrigeradores da casa antes de jogá-lo em um terreno em Cotia, na Grande São Paulo.

Na noite de terça-feira (5), Elize foi transferida do 97º Distrito Policial, na zona sul de São Paulo, para o presídio feminino de Itapevi.

Traição: A Polícia Civil está investigando se o empresário usou um serviço de acompanhantes. Em perícia no computador do empresário, os agentes descobriram que ele fez diversos acessos a um site que oferece o serviço.

Prisão: O advogado dos pais do empresário Marcos Kitano Matsunaga afirmou, no final da manhã desta quarta-feira (6), que a prisão temporária de Elize Matsunaga foi prorrogada por mais 30 dias. Ela está detida desde a noite da segunda-feira (4). Inicialmente, a Justiça havia autorizado a prisão por cinco dias.