O desembargador Francisco Menin, do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou liberdade a Elize Matsunaga. O pedido foi apresentado pelo advogado Luciano Santoro. A acusada é ré confessa no processo sobre a morte de seu marido, o executivo Marcos Matsunaga. O desembargador disse que não via ilegalidade na prisão preventiva decretada pelo juiz Adílson Paukoski, da Vara do Júri da Capital.
Na semana passada, a Justiça recebeu a denúncia contra Elize que á acusada de homicídio doloso triplamente qualificado – motivo torpe (vingança), por meio insidioso ou cruel e de maneira que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido. Ela ainda vai responder pelo crime de ocultação de cadáver.
O advogado alega que sua cliente tem o direito de se defender da acusação em liberdade porque não oferece risco à ordem pública e colaborou com as investigações. Luciano Santoro afirma, ainda, que o decreto de prisão contra Elize está fundamento unicamente na gravidade do homicídio o que viola o princípio da presunção de inocência.
Elize está presa desde o dia 4 de junho. Ela contou à polícia que o crime ocorreu entre os dias 19 e 20 de maio, após uma discussão por ter descoberto que estava sendo traída. Afirmou também, em depoimento, que o marido a agrediu e insultou. A acusada foi transferida para o Complexo Penitenciário de Tremembé (a 138 km de São Paulo).
De acordo com o Ministério Público, assassinato do empresário foi premeditado e teria sido praticado para que Elize recebesse o seguro de vida do marido, de R$ 600 mil. A denúncia aponta que ela tentou convencer os sogros de que Matsunaga tinha saído de casa porque tinha outra mulher.