Um efetivo de 1,6 mil militares das Forças Armadas do Brasil deverá atuar durante a Copa do Mundo em Cuiabá. Aproximadamente mil deles vieram de Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Entre as atribuições estão a defesa e controle do espaço aéreo e fluvial, prevenção e combate ao terrorismo, fiscalização de explosivos e a escolta das oito seleções que vão jogar na capital mato-grossense. Por ser considerada 'pacífica' pelo Exército Brasileiro, a cidade deverá ter aproximadamente metade do contingente das Forças Armadas que serão empregadas nas outras 11 sedes do mundial.
Em Cuiabá, os trabalhos serão organizados pelo Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), que contará com integrantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, e representantes segurança pública, inteligência, defesa civil e outros órgãos governamentais. Deverão ser disponibilizados 4 helicópteros, 6 viaturas blindadas e 9 embarcações. Grande parte das atividades será concentrada na proteção das chamadas estruturas estratégicas, como transmissão de energia, distribuição de água e telecomunicações.
"São estruturas que garantem a realização dos jogos com segurança", disse o comandante do CCDA e do 13º Batalhão de Brigada de Infantaria Motorizada, general José Carlos Braga de Avellar. A ocupação vai ser feita de forma contínua, e vai demandar o deslocamento das tropas pela cidade, afirmou. Os nomes desses locais não foram divulgados por questões de segurança.
Na escolta das seleções para trajetos como do aeroporto ao hotel, ou do hotel à Arena Pantanal, serão empregados cerca de 150 militares. Os outros eixos de atuação estruturados pelo Ministério da Defesa são cooperação nas fronteiras, segurança e defesa cibernética, defesa química, biológica, radiológica e nuclear, emprego de helicópteros e força de contingência.
Protestos
Avellar disse que o Exército poderá atuar caso em alguma manifestação caso haja necessidade, mas acha muito pouco provável que isso seja necessário. "Com as informações que nós temos e no ambiente que nós vivemos hoje, eu acho essa hipótese extremamente remota, pra não dizer impossível", declarou. E, para que isso aconteça, é preciso autorização por parte da presidência da República, mediante um pedido do governador do estado, explicou o general.
Bloqueio no rio
Nos dias de jogos em Cuiabá, haverá proibição no rio Cuiabá de navegação três horas antes de duas horas depois das partidas. Isso será feito entre os km 568 e 598, o que significa dizer a região metropolitana, basicamente compreendida entre as quatro pontes. Serão feitas também fiscalizações em Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger e Lago do Manso.