Dois dias atrás, quando foi à CPI sobre a Operação Monte Carlo, Andréa Aprígio chorou e afirmou que seus bens são fruto de suas atividades profissionais. Para a Polícia Federal, no entanto, ela é laranja do contraventor Carlos Cachoeira, que transferiu para o seu nome 25 bens que, somados, valem R$ 5,3 milhões.
Isso inclui ações do laboratório Vitapan, imóveis, uma lancha, a participação em empresas em Buenos Aires e até uma empresa de rádio e televisão em Anápolis. Alguns desses bens também foram passados para o cunhado Adriano Aprígio, que recentemente se separou da esposa Suzany Lopes, o que deixou Cachoeira preocupado. “Os trem tá tudo no nome dele”, registrou num grampo.
Depois da separação, Cachoeira transferiu vários desses bens para o nome de Andréa, que teria adquirido os mesmos de Adriano por meio de contrato de compra e venda. No que depender da Polícia Federal, os bens serão confiscados. “Há fortes indícios que Adriano Aprígio figura como o principal laranja da organização criminosa de Carlos Cachoeira pois dentre outros elementos, ao analisarmos os extratos bancários do mesmo, não constatamos qualquer depósito que identificasse o mesmo como recebedor da quantia de R$ 5.311.795,29 referentes ao recibo proveniente das vendas elencadas no contrato”, informa o relatório da PF.