A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje Adriano Aprígio, ex-cunhado do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ele é suspeito de enviar por e-mail ameaças para a procuradora da República Léa Batista de Oliveira. Segundo a investigação da PF, três mensagens sairam da casa de Aprígio. Irmão de Andreia Aprígio, que administra o laboratório de medicamentos Vitapan (o braço legal dos negócios do contraventor), Adriano é apontado na Operação Monte Carlo como o principal laranja de Cachoeira. Num dos grampos da operação, o bicheiro diz que está preocupado porque a Adriano está se separando da mulher e "os trem tá tudo no nome dele".
Peritos da PF de Goiânia descobriram que três e-mails com ameaças à procuradora foram enviados da casa de Aprígio. Em um dos e-mails, o cunhado de Cachoeira diz que a procuradora tinha "destruído a vida dele". Adriano era um dos principais auxiliares do contraventor. De acordo com a polícia, na casa dele, em Goiânia, foram apreendidas importantes provas contra a organização do bicheiro.
Léa recebeu no dia 13 de junho e-mail assinado por alguém que se denominou "Injustiçado". A mensagem dizia que a procuradora estava sendo muito dura no caso e que parentes de Cachoeira continuavam ganhando dinheiro com a exploração ilegal de jogos. No dia 23 de junho, a procuradora recebeu um outro e-mail de tom mais ameaçador com o título: "Cuidado". O remetente, que assina como Silvio Caetano Rosa, resume a ameaça em apenas uma frase: "Sua vadia ainda vamos te pegar, cuidado, você e sua família correm perigo"