Os bancários entraram em greve em 19 de setembro - e conquistaram a adesão de quase toda categoria em Mato Grosso. De acordo com levantamento do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), 196 agências estão paralisadas em todas as regiões do Estado.
Segundo os dirigentes do Sindicato, nenhuma proposta foi apresentada pelos bancos até o momento – e o movimento irá intensificar as ações nesta segunda-feira (30.09), com uma “Plenária de Greve” com café da manhã, às 9 horas em frente ao Bradesco da rua Barão de Melgaço, Centro, em Cuiabá.
De acordo com os dirigentes do movimento grevista, as ações serão reforçadas para intensificar a greve que já somam quase duas semanas e haverá partilha de café da manhã para ensinar aos banqueiros que dividir é possível.
Somente no primeiro semestre deste ano, os seis maiores bancos lucraram no Brasil quase R$ 30 bilhões, mas se negam em investir em segurança, mais contratações, melhores condições de trabalho e reduzir as taxas abusivas. A greve dos bancários está sendo marcada como uma das mais fortes da história de luta dos trabalhadores que se dedicam ao ofício e sofrem com ganância dos bancos.
O presidente do SEEB-MT, José Guerra, avalia que os bancos preferem gastar dinheiro com ações judiciais contra o direito de greve do que investir em melhorias para toda população. “É ma vergonha a inércia dos bancos diante das urgentes necessidades que devem ser atendidas como mais segurança nos bancos e mais contratações para melhor atender os clientes. Os bancos tentam desqualificar nossa greve legítima, mas estamos fortes com adesões em todas as regiões de Mato Grosso. Nossa greve é por valorização e para fazer com que os bancos respeitem as pessoas”.
Cenário Nacional - Diante do silêncio da Federação Nacional dos Bancos em não negociar, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf/CUT, se reuniu na quinta-feira (26) em São Paulo e reafirmou a disposição de intensificar a greve em todo país.
A greve nacional dos bancários se mantêm, paralisando 10.633 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 Estados e no Distrito Federal, segundo levantamento da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), demonstrando a disposição da categoria de enfrentar o silêncio da Fenaban, que se recusa a apresentar proposta com aumento real de salário, valorização do piso, melhoria da PLR, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades.
O Comando também aprovou nota oficial reafirmando a decisão de intensificar a greve, manifestando a disposição de negociação e responsabilizando os presidentes da Fenaban e dos seis maiores bancos pelo fechamento do diálogo com os bancários. (Com informações SEEB/MT).