Dez centrais sindicais que integram o Coletivo Sindical de Apoio ao Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da Comissão Nacional da Verdade irão realizar, neste sábado (01.02), em São Bernardo do Campo, no Grande ABC, o ato sindical "Unidos, Jamais Vencidos", em homenagem aos mais de 400 trabalhadores e sindicalistas vítimas do regime militar e das empresas durante o período da ditadura.
A cidade de São Bernardo do Campo foi um dos principais palcos das primeiras grandes greves de trabalhadores ocorridas no final do regime militar, a partir de 1978, que contribuíram para a abertura política e o processo de redemocratização do país.
Um dos líderes dessas greves e do movimento de trabalhadores contra o arrocho salarial foi o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema.
Lula deve ir ao evento, que contará também com a presença da integrante da Comissão Nacional da Verdade Rosa Cardoso, coordenadora do GT Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical, e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, além de representantes das centrais sindicais e outros parlamentares.
O ato sindical unitário "Unidos, jamais vencidos" será realizado no teatro Cacilda Becker, ao lado do Paço Municipal de São Bernardo, e faz parte das atividades realizadas pelo grupo de apoio, que pretende estimular a realização de atos que relembrem os fatos históricos daquele período, em especial, as intervenções nos sindicatos e perseguições aos trabalhadores. O evento será transmitido ao vivo pela TVT (a TV do Trabalhador) na internet.
Os homenageados durante o ato receberão um diploma de reconhecimento por suas ações na luta democrática e os que foram assassinados por agentes do Estado naquele período serão homenageados "in memoriam". O Ato Sindical Unitário tem ainda o objetivo de lembrar os 50 anos de instauração da ditadura civil militar no Brasil.