O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro ingressou com Recurso em Sentido Estrito para anular a decisão da juíza da Sétima Vara Criminal, Ana Cristina Silva Mendes, que o tornou réu por suposta participação no esquema que desviou R$ 3,3 milhões da Assembleia Legislativa (AL/MT).
Em agosto deste ano, a juíza retomou ação penal contra Arcanjo Ribeiro, pelo crime de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha ou bando sob alegação da extensão da extradição dele, emanada pelas Autoridades Uruguaias. O processo estava suspenso desde setembro de 2018 aguardando a extensão da extradição.
No Recurso, a defesa do ex-bicheiro requer a desconsideração incidental da extensão da extradição, bem como se manifestou pelo não aproveitamento das provas já produzidas nos autos contra Arcanjo, e no mérito pelo arquivamento da ação.
Em despacho realizado na última terça-feira (10.09), a juíza Ana Cristina Silva Mendes recebeu o Recurso para analisar os argumentos da defesa do ex-bicheiro.
Importante destacar que o processo é oriundo da Operação Arca de Noé, deflagrada pela Polícia Federal em 2002, para desarticular esquemas fraudulentos na AL/MT. Os desvios teriam ocorrido quando a Mesa Diretora da Assembleia era presidida por José Riva e Humberto Bosaipo, e que cheques emitidos pela Confiança Factoring Fomento Mercantil, de propriedade do grupo de João Arcanjo Ribeiro, teriam dado “suporte” ao suposto esquema.
Além de Arcanjo foram denunciados ainda o ex-chefe de gabinete de José Geraldo Riva, Geraldo Lauro, Joel Quirino Pereira, José Quirino Pereira. Em setembro de 2018, o então juiz da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, os condenou a mais de 13 anos de prisão pelo envolvimento no esquema.
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