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Artigos Quarta-feira, 05 de Dezembro de 2018, 18:04 - A | A

Quarta-feira, 05 de Dezembro de 2018, 18h:04 - A | A

Opinião

Qual a relação da educação e o sucesso na economia?

por Marques Braga*

As crises são também oportunidades. São os momentos em que as vaidades e fantasias dão lugar à humildade e à realidade dos fatos. A crise econômica é a mãe de todas e dela surgem as outras classificadas como causas. É neste cenário que nos encontramos atualmente. E não é algo isolado no Brasil. A forma como ela é enfrentada é que a diferencia dos demais países no mundo.

A educação tem sido assunto classificado como causa da sustentabilidade das economias de sucesso no mundo globalizado. Nesse palco de inúmeras análises, podemos citar os tigres asiáticos como uma boa referência.

E no Brasil, como anda a educação? Vou ousar, via imaginação, explicitar receitas que poderão ser solução, acredito. Mas, acredito mais na imaginação do que em conteúdos produzidos e não aplicados. Acredito na integração de políticas públicas como o caminho do sucesso para alcançar melhores resultados. Tenho assistindo especialistas do setor comentando as causas de sucessos e insucessos, mas todo sem uma proposta prática e integradas. Vejo a educação como transformação do ser humano e deste as mudanças sociais e econômicas, desde que feita de forma correta.

Então, neste sentido, no Brasil, vejo a educação em agonia devido ao PROCESSO DE APRENDIZAGEM, mais do que por sistemas de gestão, como diz os especialistas. É preciso entender a complexidade do ser humano nesse processo.

A escola hoje é um sistema obsessivo-compulsivo, onde os alunos são colocados no mesmo programa, tratados como personalidades padronizadas, conteúdos e programas de ensino engessados, programas rígidos e alunos bombardeados com milhões de informações, às vezes, inúteis, que estressam alunos e professores. A memória funciona mais como um banco de dados do que como suporte de criatividade.

Repassamos conhecimento pronto e acabado para os jovens. Não os estimulamos a criticar, questionar, discordar e assim não descobrem, não criam, não ousam pensar e se aventurarem. Há um encarceramento da memória a conteúdos prontos. O resultado é que poucos alunos aprendem e quando aprendem não sabem para servem esse conhecimento.

Diante desse processo de aprendizagem disponível no mundo e, no Brasil, sem a continuidade em pesquisas e integração de conhecimento práticos, continuamos a sermos subdesenvolvidos. Então, como superar esses obstáculos às nossas superações para nivelarmos ao primeiro mundo?

Imaginando com meus humildes conhecimentos, penso que, para alcançar o objetivo de sucesso, precisamos organizar projetos integrados que se inicia na escola e termina na produtividade econômica. Fácil de falar e complexo de exercitar, mas não impossível de realizar.

Imaginando, uma escola atrativa e de qualidade, que inicia as 08 horas da manhã e termina as 17 horas. Assim o tempo será ocupado numa Escola dinâmica, não só de conteúdos teóricos, mas de aulas práticas de ensinos técnicos, esporte, informática, teatro, música, etc, com integração da família através incentivos sociais e fiscais condicionando â participação e outras amarrações afins, com reforços aos alunos que precisam e outras formas demandadas; para isso são necessárias três refeições ao dia com efeitos na saúde e crescimentos físicos e cognitivamente, professores bem pagos e também bem preparados.

O modelo imaginado proposto, em resumo será): 1) Escola atrativa requer metodologia de aulas dialogadas e voltada à razão das causas dos fenômenos naturais, sociais e humanos. Nesse processo há inclusão de todos e descobertas de novos conhecimentos e daí uma escola mais atrativa; 2) Aulas com inicios às 08 horas, e não às 07 como é atualmente, fará com que o aluno já esteja apto a raciocinar. O velho horário é herança do modelo industrial. Estamos em tempos de tecnologia; 3) as atividades práticas farão as descobertas de vocações e talentos na juventude; 4) A ocupação em tempo integral fará com que o aluno viva intensamente o período de formação e radicalidade dos conhecimentos com teoria e prática. Atualmente temos uma educação rasa em seus conhecimentos científicos; 5) uma boa alimentação dá início à educação nutricional, que anda péssima, com jovens gordos na adolescência e com hábitos que duram a vida toda; 6) as aulas com este perfil exigirão professores melhor preparados e logo melhor remunerados.

Os resultados desse modelo, se bem aplicado em sua essência, são: a) jovens com tempo mínimo de ociosidade, a qual oportuniza o contato com o mundo das drogas e daí a violência de nossos dias; b) redução da violência com efeitos na redução dos quase 800 mil prisioneiros atuais no Brasil, e imagino, sem pesquisa e com cálculos com base nos hábitos sociais , que em 10 anos podemos reduzir em mais de 50% e esse número; c) teremos uma população com novos hábitos e capacitadas para o mundo tecnológico e globalizado, com resultados na industrialização e tecnologia, como fazem os chineses; d) assim novos talentos serão revelados, com efeitos no emprego e renda e aumento da produtividade econômica brasileira. A escola pública deixaria de ser palco de eternos debates ideológicos que resultam em divisões radicais sem fim prático; e) o Brasil passará a ter um projeto integrado entre educação e economia, criando expectativas à juventude, a qual vivem de ociosidades no tempo e vazio de expetativas sobre o amanhã destes.

Os efeitos benéficos das políticas públicas acima têm efeitos na Segurança, na saúde, nos gastos públicos desde à sua aplicação aos efeitos dos mesmos, no desenvolvimento tecnológico, na política ambiental, na produtividade, na sustentabilidade econômica e ambiental, enfim, UM NOVO MODELO. É possível inovar. Nesse processo há integrações de políticas públicas integradas que resultam na educação, saúde, segurança pública, tecnologia, gastos públicos redimensionados. Com certeza há redução de gastos que, hoje na atual estrutura, repetem-se em diversos lugares. Então? Imaginar é mais que conhecer. Conhecer o novo começa com imaginação.

Portanto, a crise conjuntural é parte da solução; a ousadia em inovar sem medo de errar, será necessário para os governantes que ora assume o poder. As mudanças estão nos detalhes e a participação da população nestas mudanças, através de políticas de incentivos condicionados a mudanças de hábitos nas escolas, na coleta do lixo reciclável, no aproveitamento de água para uso domésticos, dentre outras semelhantes, fatos que são primordiais para alcançar as mudanças necessárias que o Brasil precisa. Se assim não agir dará lugar às utopias retrógradas de alguns seguimentos sociais.

*José Marques Braga - economista e emprego público estadual 

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