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Cidades Quarta-feira, 11 de Julho de 2018, 09:23 - A | A

Quarta-feira, 11 de Julho de 2018, 09h:23 - A | A

Denúncia do MPE/MT

Em VG, PMs e empresário são denunciados por suposta cobrança de propina em “blitz”

Lucione Nazareth/ VG Notícias

VG Notícias

Ministério Público VG

 

O Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com Ação Civil Pública contra dois policiais militares e um empresário de Cuiabá acusados de participarem de um esquema de cobrança de propina para liberação de veículos apreendidos em Várzea Grande.

De acordo com Ação, assinada pelo promotor de Justiça Deosdete Cruz Júnior, as investigações são oriundas de uma Ação Criminal que tramita na 11ª Vara Criminal Especializada Justiça Militar, contra os cabos da PM, Celso das Neves Rodrigues e Mauricio Alves da Guia, ambos lotados em Várzea Grande.

Segundo os autos, os policiais foram denunciados por envolvimento em esquema de pagamento de vantagem indevida a policiais militares, em curso com civis, para deixarem de aplicar notificações de trânsito e realizarem liberação indevida de veículos apreendidos, bem como recebimento de valores de empresa de Guincho, sob cada veículo apreendido.

Na ação cita que a denúncia foi efetuada em 26 de outubro de 2015 por um empresário proprietário de uma empresa de Guincho na Capital. Segundo ele, policiais militares estariam em conluio com os funcionários e proprietário da empresa “Gol Guincho” (com sede em Cuiabá) - atualmente denominada “Forte Guinchos” - para realizar o suposto esquema. Nos autos, o denunciante afirmou que chegou a ser assediado pelos policiais para participar do esquema, porém, o mesmo se recusou e resolveu denunciar a suposta ilicitude.

Durante as investigações, Marcos Antônio Frutuoso Júnior, à época motorista da empresa “Gol Guincho”, disse que é sobrinho do policial Celso das Neves, mas que desconhecia a informação de que o seu tio cobrava vantagem indevida para não realizar apreensões de veículos.

Já o empresário Sérgio Vicente dos Santos, proprietário da empresa “Gol Guinchos” negou que sua empresa tenha recebido qualquer propina ou valor por apreensão ou devolução indevida direta ao proprietário/condutor sem intermediação do DETRAN, bem como o pagamento a policiais militares de numerários sob cada veículo apreendido.

Os cabos da PM, Celso das Neves e Mauricio Alves da Guia, negaram qualquer participação no esquema. Além disso, Mauricio Alves chegou a afirmar que ouviu comentários de que o esquema de propina estava ocorrendo e envolvia policiais militares, porém, sem revelar detalhes.

Diante disso, foram realizadas interceptações telefônicas durante os meses de novembro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Nas interceptações, segundo consta dos autos, "constou-se claramente o envolvimento dos policiais militares, de Marcos Antônio Frutuoso, do empresário Sérgio Vicente, além do envolvimento de outras duas pessoas, sendo elas: o 3º sargento da PM, Alinor Gomes dos Reis e Paulo Cavalcante de Paiva (ex-motorista da Gol Guincho)".

“O processo de investigação apurou ainda que parte da propina paga pelos proprietários dos veículos apreendidos era repassada pelo grupo a algum servidor do DETRAN/MT (pessoa não identificada nas investigações), o qual seria responsável por inserir a informação no sistema de que o veículo havia sido recebido, bem como posteriormente liberado, “e dar entrada e saída do veículo no sistema, a fim de que se consultados pelos órgãos de fiscalização estaria tudo correto”, diz trecho extraído da Ação Civil.

Diante dos fatos narrados, o promotor de justiça Deosdete Cruz Júnio ingressou com Ação Civil contra os policiais Celso das Neves e Mauricio Alves da Guia; além de Marcos Antônio Frutuoso Júnior e Sérgio Vicente dos Santos, por ato de improbidade administrativo e requereu a indisponibilidade dos bens deles no valor de até R$ 7 mil.

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