O ministro da Secretaria de Comunicação Social (SECOM), Paulo Pimenta, manifestou indignação nesta quinta-feira (21.11) diante das informações reveladas por inquérito da Polícia Federal. Segundo o ministro, o material investigativo aponta para um esquema criminoso de alcance inédito no Brasil, envolvendo diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de sua cúpula governamental e militar.
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"Vemos com absoluta perplexidade e indignação as informações reveladas pelo inquérito, no qual identificamos o próprio ex-presidente da República no topo da cadeia de comando da organização criminosa", declarou o ministro. Ele destacou a participação de generais, coronéis e servidores públicos federais em tramas que, além de ferirem a democracia, teriam cogitado atentados contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
As acusações levantadas incluem crimes contra a democracia e conspirações que afrontam a própria Constituição Federal. Para Pimenta, a audácia dos envolvidos impressiona: "É quase inacreditável, sem qualquer tipo de limite, ao ponto de tramarem contra a vida de autoridades máximas do país".
O ministro ressaltou que, após o indiciamento dos investigados, o Ministério Público Federal (MPF) deverá decidir quais serão denunciados formalmente, abrindo caminho para que se tornem réus e, possivelmente, enfrentem julgamentos já em 2025.
"Aqueles que forem condenados, com provas concretas após todo o devido processo legal, devem pagar pelos crimes cometidos contra a democracia, a Constituição e o povo brasileiro", enfatizou Pimenta.
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