O Estádio Dito Souza, localizado em Várzea Grande, foi revitalizado há 4 anos e, desde então, estava sendo gerido e ocupado exclusivamente pelo Operário Várzea-grandense. No entanto, segundo determinação da prefeita Flávia Moretti (PL), o espaço deverá ser aberto para a comunidade nos próximos dias. A medida visa promover a inclusão e o fortalecimento do esporte local, oferecendo um ambiente de qualidade para diferentes atividades.
Em entrevista ao nesta sexta-feira (17.01), o superintendente de Esporte e Lazer de Várzea Grande, Edmilson Castro Ferreira do Nascimento, conhecido como “Piranha”, garantiu que o Operário manterá a autonomia para a realização de seus jogos, mas que a comunidade também terá direito de utilizar o estádio como área de lazer. "Abrir o Dito Souza é o que a comunidade quer. O Operário é o clube da cidade e entendemos a importância disso. Já acertamos a agenda dos jogos do Operário, e não haverá problemas", afirmou Piranha.
O superintendente também explicou que o estádio estará disponível para todos os tipos de campeonatos, incluindo os amadores. Ele ressaltou que já entrou em contato com representantes das ligas municipais para discutir a manutenção do espaço, abordando desde os cuidados com o gramado até a preservação da infraestrutura do local.
A revitalização do estádio custou R$ 2 milhões aos cofres públicos, e foi concedido com exclusividade para o Operário na gestão do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB). Segundo Edmilson, não existe nenhum documento dando a concessão do estádio ao Operário, ou seja, o acordo teria sido formalizado verbalmente.
Conforme o superintendente, ele já conversou com a diretoria do Operário e está tudo resolvido, e o clube vai continuar ajudando a cuidar do estádio.
A reportagem do também entrou em contato com alguns representantes do Operário, que explicaram que nunca houve concessão, mas o Operário sempre manteve a manutenção do estádio pensando nas melhorias, assim o como o contrato firmado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e FIFA, por conta da Copa do Mundo Feminina no Brasil em 2027.
O empresário Dudu Campos destacou que o estádio deve ser reservado para jogos de grande relevância, como finais de campeonato, mas não considera adequado “abri-lo” para uso geral da comunidade, em razão do contrato vigente com a CBF.
Segundo Dudu, foi trabalhoso conseguir esse credenciamento com a CBF e a decisão da prefeita Flávia Moretti de permitir o uso amplo do espaço seria, em sua opinião, imprudente.
“Eu acho uma loucura o que ela [Moretti] vai fazer. Estar credenciado com a CBF foi um trabalho absurdo para conseguir. Mas se manter ele bem cuidado como está não vejo problema, então, não digo abrir para comunidade, mas sim para jogos importantes para o calendário desportivo do município. Poderia disputar finais e não perderia o glamour. A prefeita terá que pensar numa forma de não perder o controle", avaliou Campos.
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