O prefeito eleito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB) em entrevista ao “VG Notícias no Ar” nesta terça-feira (17.11) afirmou que “ainda não caiu à ficha” sobre a vitória conquistada no domingo (15.11).
Kalil lembrou a trajetória política da família, a relação com à Câmara de Vereadores e sobre a transição. “Minha avó Sarita Baracat foi vereadora, prefeita e deputada. Meu pai, Nico Baracat foi vereador, deputado e vice-prefeito. Eu fui vereador e agora eleito prefeito, então a ficha ainda não caiu, não vou mentir porque não costumo. Tudo aconteceu muito rápido. Agora, com muita cautela, com muita calma vamos pensar a partir do dia 1 ° de janeiro, montar equipe de secretariado. Não tive tempo de pensar em nomes, vamos ouvir os companheiros, ouvir as forças políticas que estiveram conosco, até porque ninguém ganha eleição sozinho”, disse Kalil.
Sobre a transição, ele disse que não definiu a equipe que fará a transição – mas pelo apoio recebido da atual prefeita, Lucimar Campos (DEM), não haverá nenhum problema para ter conhecimento dos números que irá herdar.
“Não teremos dificuldades em montar uma equipe de transição, as portas da Prefeitura estão abertas, a prefeita Lucimar me apoiou, foi à rua, pediu votos, sempre me deu oportunidade. Quando ninguém me deu oportunidades ela foi lá e me deu. Não vamos ter dificuldades nenhuma”, afirmou o prefeito eleito.
Quanto sua relação com os novos vereadores eleitos e com a Câmara Municipal, Kalil acredita que não terá problema e espera ter um bom relacionamento. “Conheço todos os vereadores eleitos, tenho acesso a todos, fui vereador e vamos ter um bom relacionamento até porque, tanto eu como eles, estamos lá para servir. Essa união, essa comunicação entre o Executivo e o Legislativo ela tem que existir, embora seja poderes distintos a nossa união vai levar o melhor para a cidade”, afirmou.
O emedebista foi eleito com 46,12% dos votos, mas prometeu trabalhar pelos quase 300 mil habitantes de Várzea Grande, independente do voto que recebeu. “Vou trabalhar para os que não votaram em mim. Eles optaram votar nos meus adversários, mas vou trabalhar para todos”, disse o emedebista.
Questionado sobre a interferência dos dois caciques do DEM e MDB, senador Jayme Campos e do deputado federal Carlos Bezerra, na questão de indicação de cargos, Kalil Baracat garantiu que não existe “guerra” entre eles neste sentido – e que houve união entre as lideranças dos dois partidos com a intenção de vencer as eleições – e não acredita na disputa de cargos.
“Não existe guerra até porque todos nós unimos forças em um único objetivo que é ganhar as eleições. Não existe guerra de conflitos, puxa prá cá ou puxa prá lá. Estamos desde 2016 juntos. O MDB apoiou a dona Lucimar em 2016, em 2018 o MDB apoiou o senador Jayme Campos ao Senado da República. Apoiamos o governador Mauro Mendes e eles nos apoiaram em Várzea Grande”, disse Kalil.
Indagado sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara, o novo prefeito disse que não irá interferir. “Fizemos a maioria dos vereadores, fizemos 11, então cabe a eles o entendimento. Quem tem maior condição de gerir a Câmara vai ter nosso apoio.”
Em relação ao segundo turno em Cuiabá, na disputa entre o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB) e Abílio (Podemos), Kalil disse que irá avaliar. Lembrando que mesmo sendo do mesmo partido de Emanuel, Kalil teve como adversário o filho do emedebista em Várzea Grande, deputado federal Emanuelzinho (PTB).
“Eleição é Cuiabá. Com todo respeito aos cidadãos cuiabanos, eles tem que fazer uma reflexão. Quem tiver melhor proposta que seja eleito. Agora, eu atravessar a ponte para apoiar algum candidato tem que pensar muito bem. Vamos analisar com muito cuidado. Nada contra os candidatos”, ponderou o prefeito eleito Kalil Baracat.
