O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), afirmou que é um direito seu manifestar apoio ao candidato Carlos Fávaro (PSD), que disputa a vaga no Senado Federal na Eleição Suplementar, que ocorre no próximo domingo (15.11). Para Mendes, também é um direito dos adversários reclamarem pela falta de apoio.
“Eu, como cidadão e como governador, tenho direito de dizer quem eu apoio. E, eu, apoio Carlos Fávaro e ponto. Se isso é capaz de influenciar alguém, faz parte da democracia. Agora, o direito de espernear faz parte também daqueles que não tem nosso apoio”, disse o governador à imprensa na sexta-feira (06.11), após assinatura da ordem de serviço para retomar as obras do Hospital Central, parado há mais de 30 anos.
Mendes também rebateu as especulações de que estaria usando o programa Mais MT para favorecer Fávaro: "Tem que perguntar para os prefeitos. Eles que podem responder essa pergunta e não eu. Se eles estão sendo influenciados por isso ou aquilo. Eu estou fazendo meu papel de governador que é governar bem, resolver problemas, consertar o Estado e dar contribuições aos municípios", justificou o gestor.
A divisão entre os Democratas começou desde que Júlio Campos (DEM) aceitou à primeira suplência do também candidato ao Senado Federal Nilson leitão (PSDB).
Segundo Júlio Campos, em entrevista ao “VG Notícias no AR” na última quarta (04) para evitar uma votação, Mendes propôs que o partido daria apoio eleitoral e financeiro a Leitão, em troca, parte do grupo formado por dissidentes do PSB, classificado por Júlio como “neodemocratas” teria liberdade para apoiar Fávaro: “Nos municípios estão havendo muita pressão, o governador realmente está usando toda sua força política, a força do Governo para tentar angariar maior número de apoiamento para Fávaro”, disse Júlio.
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Já o senador Jayme Campos (DEM), que também apoia Nilson Leitão e o irmão Júlio Campos, em ato político realizado pelo tucano mandou uma indireta ao colega de partido e governador de Mato Grosso: “Aqui não tem pressão de Governo para trazer funcionário público, aqui não tem pressão do Poder Público estadual muito menos municipal.”, disse Jayme.