Júlio Campos (DEM), primeiro suplente de Nilson Leitão (PSDB), esteve nesta semana em Cáceres, em campanha pela chapa "Mato Grosso Por Inteiro". Ele participou de encontros com lideranças regionais e recebeu o apoio da população cacerense, e destacou que o maior problema de Cáceres e das cidades vizinhas é a falta de empregos que impacta diretamente na renda da população.
"Nós temos que mudar a economia daqui. Municípios mais novos do que Cáceres cresceram mais, evoluíram, são mais ricos. A economia daqui não corresponde à realidade. Não adianta focar na infraestrutura e não trazer a indústria e o comércio para cá". Uma das soluções, segundo ele, seria aprovar o projeto de criação do porto e a volta da navegação fluvial, que está, há anos, parado.
"Hoje, o produtor rural de Sapezal, de Comodoro, de Campos de Júlio, que estão logo aqui em cima, manda a produção para Rondônia, no porto de Porto Velho, gastando pelo menos mais 600 km. Se o nosso porto estivesse funcionando, todos esses produtos seriam canalizados aqui, indo para o exterior, para a Argentina, para o Uruguai, para o mundo todo", disse.
Julio Campos destaca que a hidrovia ainda não aconteceu por conta das tentativas do Partido dos Trabalhadores de impedir os avanços na região portuária. "O PT sempre está postergando o desenvolvimento. Eles querem que todo mundo viva de Bolsa Família. Lutamos há 20 anos contra as barreiras criadas por eles e só agora nós estamos reestruturando essa possibilidade. Não tem lógica ter indústria e o porto não estar funcionando. Eles não querem o progresso", apontou.
O ex-governador destacou ainda que na administração pública, é preciso frequentar mais os municípios do interior mato-grossense. "Infelizmente o governo está muito concentrado em Cuiabá, em termos de diálogo político, e o interior se sente distanciado das decisões governamentais. Eles precisam interagir mais com os cidadãos, ouvir mais os nossos vereadores, os prefeitos do interior, as lideranças sociais e empresariais. Isso, com certeza, precisamos e vamos fazer", concluiu.