O candidato a senador por Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD) em entrevista ao “VG Notícias No AR” explicou porque votou contra o Projeto de Lei (PL) nº 1166/2020, que limita em até 30% ao ano a taxa de juros dos cartões de crédito e cheque especial durante a pandemia do novo coronavírus.
Fávaro afirmou que mesmo aprovado. o projeto acabou no dia seguinte, por se tratar de um projeto inconstitucional. Segundo ele, a proposta de iniciativa do senador Alvaro Dias (PODEMOS-PR) foi colocada em pauta só para fazer discurso político.
“Eu não estou no Senado para iludir o cidadão, para mentir para o cidadão, projeto de lei cheio de demagogia feito de forma errada. Tanto é verdade o que eu estou dizendo que ele foi colocado em pauta só para fazer discurso político num momento que o presidente Davi não estava na sessão, ele foi colocado e aprovado, ele não tinha sido nem acolhido pela Câmara, ele acabou no outro dia esse Projeto de Lei, porque ele não foi acolhido, o presidente Rodrigo Maia falou que é inconstitucional, não vou colocar isso para tramitar porque é inconstitucional”, esclareceu o senador interino.
Para o candidato, a proposta “tenta tabelar” os juros, que já nasceu morto, é igual tabelar preços de produtos como ocorreu nos anos 80 - no Governo José Sarney – durante o Plano Cruzado, que resultou no período da hiperinflação no país.
“Não existe, nós estamos numa lei com livre mercado, o Brasil já experimentou o tabelamento de preço e não funcionou. O juro já foi tabelado na Constituição de 1978, 12% ao ano e até hoje não se cumpriu porque é a lei de mercado. Tentar fazer isso de novo é demagogia com o cidadão, eu não estou lá para mentir para o cidadão”, argumentou.
Entretanto, Carlos Fávaro garantiu que está pronto para votar favorável as propostas, que realmente visam desburocratizar o sistema financeiro.
“Estou pronto para trabalhar projeto de lei para desburocratizar o sistema financeiro, para dar agilidade, minimizar risco e com isso exigir que os juros abaixem. O que for bom eu vou defender, mas para dar resultado. Agora, para ficar com discurso: votei para abaixar o juro, o juro não baixa, o que adiantou ele votar isso! Tem que falar a verdade ao cidadão”, encerrou.