Os caciques dos partidos DEM e MDB, senador da República Jayme Campos e deputado federal Carlos Bezerra, respectivamente, se divergem sobre participação do deputado Emanuelzinho (PTB) - filho do candidato a reeleição, prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) - na disputa pela Prefeitura de Várzea Grande, que elegeu Kalil Baracat (MDB) com 50.918 votos, o que representa 46,12% dos votos válidos.
Segundo Carlos Bezerra, inicialmente a candidatura de Emanuelzinho foi ruim para o grupo, mas o resultado acabou ajudando tirar votos do segundo colocado, Flávio Frical (PSB) que obteve 44.176 votos, o que representa 40,01%. Para ele, os 14.105, totalizando 12,78% dos votos válidos que foram para Emanuelzinho - terceiro colocado - seriam de Frical.
“A questão de Emanuelzinho que foi ruim na época, e nós posicionamos, não só eu, mas vários partidos se posicionaram contra e alguns até se afastaram da campanha do Emanuel por conta disso, mas terminou sendo boa a atuação dele em Várzea Grande, porque tirou votos do segundo colocado. Ele teve 14 mil votos Emanuelzinho, e Kalil ganhou por sete mil. Esses 14 mil votos, se Emanuelzinho não fosse candidato, certamente não seriam para o Kalil e o Kalil perderia as eleições. Fizemos do limão uma limonada, terminou Kalil ganhando as eleições ”, disse Bezerra aos risos.
Já o senador Jayme Campos avaliou que Kalil perdeu votos com a entrada de Emanuelzinho na disputa. Ele afirmou ao oticias que a maioria do grupo que foi para campanha do deputado federal Emanuelzinho (PTB) era de apoiadores da esposa, prefeita Lucimar Campos (DEM) descontentes com a escolha de Kalil.
“Nunca esperávamos, não ganhou nada, nós perdemos o voto. Até porquê, se você fazer uma avaliação, todos que estavam com Emanuelzinho, todos eram apoiadores de Lucimar, desde os vereadores e o coordenador”, concluiu o democrata.