Os candidatos a Prefeitura de Cuiabá que disputam o segundo turno neste domingo (29.11) usaram o penúltimo dia do horário eleitoral desta quinta-feira (26.11) para trocarem “farpas” e falar sobre o vídeo de paletó.
O candidato à reeleição, prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) destacou o depoimento do então servidor do gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Valdecir Cardoso dizendo que Pinheiro foi vítima de uma injustiça.
Valdecir Cardoso foi o responsável por instalar a câmera que filmou deputados no Palácio Paiaguás. Ele confirmou que o valor recebido por Emanuel – à época deputado estadual – era relativo a uma dívida que Sílvio Correa, então chefe de gabinete de Silval, tinha com o irmão de Emanuel, o empresário Marco Polo, “Popó”.
“Eu estava lá naquele dia para receber pelas pesquisas que o gabinete que o então governador devia ao meu irmão, ele estava precisando e me pediu para ajudar a cobrar e eu concordei. Recebi apenas parte da dívida em dinheiro, o resto do pagamento seria feito em três cheques, que depois foram devolvidos porque estavam sem fundo” , explicou.
Imagens da concentração de mulheres em apoio a Emanuel também foram mostradas. Na ocasião, a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro discursou sobre o reconhecimento de uma gestão que valoriza as mulheres.
Emanuel usou trechos do debate promovido pela Fecomércio questionando o adversário, candidato Abílio (Podemos) que revelam, entre outras condutas, a indicação de seus familiares como servidores fantasmas.
“Eu já combato a corrupção, inclusive de servidores fantasmas – que o senhor entende muito bem - que não existe na prefeitura de Cuiabá. Aliás, o senhor é craque em servidores fantasmas. Está caindo a máscara do senhor Abílio Brunini. Tem muito mais coisa que está acontecendo, que está aparecendo, para desmascarar essa figura de falso puritano que tentou de toda forma me corromper”, disse o emedebista.
Já Abílio e Felipe Wellaton (Cidadania) usaram o depoimento de Silvio Corrêa à CPI do Paletó afirmando que os valores se tratavam de propina. Ele também trouxe para o programa eleitoral, apoiadores de sua campanha como o secretário Gilberto Figueiredo, vereador Marcelo Bussiki e Gisela Simona.
“Quem vai receber o dinheiro para o irmão e não sabe quanto tem para receber, se o dinheiro era lícito porque não contar o valor recebido. O irmão dele, o Popó, nunca disse publicamente que o dinheiro era e dele, nunca mostrou a nota fiscal do serviço feito para Silval”, questionou.
Abílio se classificou como “boa política” e afirmou que irá trabalhar em parceria com o Governo Estadual e Federal. “Cuiabá não pode ficar de briguinha com o governador ou com o presidente e não podemos eleger um prefeito que agrada o PT só para enfraquecer o presidente da república. Temos compromisso com a cidade”, encerrou.
