O portal Google Brasil Internet Ltda – mantenedora do Youtube -, tem 24 horas para remover o vídeo, usado nas eleições de 2008, onde aparece o candidato a prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) recebendo uma possível mala de dinheiro, para dar apoio a Murilo Domingos (PR). O vídeo deve ser excluído do Youtube, sob pena de multa diária no valor de R$ 10.000,00, enquanto persistir no descumprimento.
A decisão partiu da juíza da 49ª Zona Eleitoral de Várzea Grande, Marilza Vitório, que acatou o pedido de Walace formulado um uma representação eleitoral.
Na representação, o candidato peemedebista afirmou que o Google, por meio de seu megasite Youtube, vem contribuindo para hospedar, compartilhar e divulgar vídeos de conteúdo caluniador e difamatório na internet, ofendendo a honra e repercutindo negativamente na imagem do candidato Walace. “Postulam, liminarmente, que seja determinada a retirada dos vídeos postados no site YOUTUBE”, diz trecho da representação.
Ao acatar o pedido, a magistrada destacou que a veiculação de qualquer notícia há de ser feita com ética e responsabilidade, permitindo que todas as partes envolvidas dêem a sua versão a respeito do fato noticiado. E ainda, que ao assistir à mídia e analisar, constatou que as imagens ali contidas são ofensivas à honra e moral de Walace, o bastante para desestabilizar sua candidatura.
“Por sua vez, o periculum in mora também se faz presente uma vez que a veiculação de vídeo no youtube com imagens com a narrativa de que recebeu dinheiro para apoiar politicamente determinada pessoa, constitui-se em clara propaganda eleitoral negativa e atingi a igualdade entre os participantes do pleito” destacou a juíza.
O Vídeo - Nas eleições de 2008, o saudoso Nico Baracat disputava a Prefeitura de Várzea Grande e acusou Wallace de aceitar propina para trair o seu partido - na época (DEM). A denúncia aconteceu no último dia do horário eleitoral gratuito. Nico Baracat apresentou em seu programa eleitoral um vídeo com Wallace Guimarães, recebendo um envelope com suposto dinheiro, e com insinuação de que seria um acordo financeiro para apoiar o prefeito e candidato à reeleição Murilo Domingos (PR), traindo desta forma o candidato de seu partido, Júlio Campos (DEM).