O programa eleitoral gratuito da candidata à prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), veiculado nesta segunda-feira (17.09) na televisão, foi voltado para desvincular a imagem do eleitor que vota na “família Campos” com gado, já que há um conceito antigo na cidade que a família possui eleitores fieis – e que basta um membro da linhagem “bater no cocho” – como diz ditado regional, que esses adeptos depositam seu voto.
O programa inicia com uma imagem de um “cuiabano matuto” jogando milho para galinhas com uma linguagem bastante arrastada e criticando quem compara os várzea-grandenses que votam na “Família Campos” a “gado”. O “matuto” diz que o candidato que faz essa afirmação tem muito ambição e que ele não respeita a história e nem o passado do povo da cidade e que o povo não é animal.
O horário traz na sequência, uma ilustração de um burrinho dando um “coice” no número 15 – número de urna do candidato Walace.
Após isso, mostra várias entrevistas com moradores da cidade criticando a comparação – do eleitor dos Campos com o gado, dizendo: “Não concordo com isso”, “Não faço parte de nenhum rebanho”, “É um desrespeito muito grande” “Este candidato não merece ganhar”.
O programa traz uma canção onde a letra fala que o povo quer ter o direito de escolher o seu destino, ter o direito de cantar o próprio hino, e em outros momentos, a canção discorre na comparação do cidadão várzea-grandense com “gado”: “Não sou gado não seu moço, sou aqui de Mato Grosso, homem livre de pensamento”.
Após a canção, Lucimar diz sentir triste quando vê pessoas desmerecer a história dos moradores de Várzea Grande e que as eleições são para debater propostas e apresentar soluções que visa melhorar à vida da comunidade.
“Fico triste toda vez que assisto alguém desmerecer a história de nossa gente! A eleição é ambiente para debater propostas, para buscar soluções viáveis para a comunidade e a política não é palco para se destilar rancor ou atingir golpes contra os adversários”, colocou a candidata.
Ela disse ainda, que o povo de Várzea Grande é livre e soberano, e que em hipótese alguma pode ser comparado com “gado” que come no cocho. “Quero dizer em alto e bom som: Nosso povo é livre e soberano, e escolhe seus dirigentes com altivez, em hipótese alguma, pode ser comparado a gado que come no cocho”, disparou Lucimar.