A campanha eleitoral em Várzea Grande contou com grandes doações de empresas e pessoas físicas para que os candidatos conquistassem a simpatia da população, revertidos na hora do voto. Mas teve candidato, que mais investiu em si próprio do que recebeu doações de grupos de empresários e pessoas físicas.
A esposa do senador Jaime Campos (DEM), Lucimar Campos (DEM), segundo divulgado na justiça eleitoral, colocou mais de R$ 2,1 milhões em sua campanha, comprometeu mais de 7% da sua renda, dos mais de R$ 30 milhões que havia declarado no início da campanha. Dos R$ 2,6 milhões declarados à justiça como receita, mais de 80% do valor (R$ 2,1 milhões), foi doado pela própria democrata.
Já o segundo maior doador de Lucimar, foi o diretório Nacional do DEM, que contribuiu com R$ 200 mil, enquanto que a empresa Eletroconstro doou R$ 150 mil.
O prefeito eleito de Várzea Grande, o deputado Walace Guimarães (PMDB), colocou do próprio bolso R$ 762 mil, dos R$ 1,4 milhão de receita declarada pelo peemedebista, comprometendo assim, mais de 28% da sua renda para conseguir chegar à vitória na cidade. Ele declarou a justiça eleitoral que possui mais de R$ 2,2 milhões em renda.
O peemedebista recebeu doações da empresa Dibox Produtos Alimentícios no valor de R$ 142 mil e R$ 200 mil da Lider Comercio e Serviço Telefônico. Walace recebeu também, doações de pessoas físicas.
Após deixar a Prefeitura de Várzea Grande, o empresário Sebastião dos Reis Gonçalves – o Tião da Zaeli (PSD), disse “nunca dependi da política, alias só gastei com a política”. A prestação de contas do social-democrata reforçou o desabafo do ex-gestor municipal.
O total em receita, declarado por Zaeli, é de R$ 2,6 milhões, sendo que deste valor, somente ele desembolsou mais de R$ 1 milhão do próprio bolso. Os quase R$ 1,6 milhão restantes, foram doações de empresas privadas e pessoas físicas. A empresa Diferente Distribuidora doou R$ 706 mil, a Comercial de Alimentos – de sua propriedade, R$ 536 mil, enquanto que a Prol Metalúrgica doou o equivalente R$ 200 mil.
Já o candidato Edson Ribeiro (PPL) que teve a sua candidatura indeferida pela justiça eleitoral, injetou na campanha R$ 3,6 mil do próprio bolso. Milton Dantas (PSOL) não teve os dados de gastos em campanha divulgados.