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Economia Quinta-feira, 21 de Agosto de 2014, 08:15 - A | A

Quinta-feira, 21 de Agosto de 2014, 08h:15 - A | A

IBGE divulga dados incompletos de desemprego pelo terceiro mês

Taxa de desemprego teve as maiores altas no Recife e no Rio de Janeiro

G1.com

Pelo terceiro mês seguido, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados sobre o desemprego no país de forma incompleta - consequência da greve de seus servidores, que começou em maio e durou 77 dias. O fim da paralisação foi decidido no último dia 12 de agosto.

Foram apresentados apenas os dados completos das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo no mês de julho. Ficaram de fora as regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre. A divulgação das taxas desses dois locais foi reprogramada para o dia 25 de setembro, na mesma data em que serão divulgados os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego para as seis regiões referentes ao mês de agosto.

A taxa de desemprego teve as maiores altas de junho para julho no Recife, passando de 6,2% para 6,6% no mês seguinte, e no Rio de Janeiro, onde o índice foi de 3,2% a 3,6%. Em Belo Horizonte, o desemprego cresceu de 3,9% para 4,1% e, em São Paulo, caiu de 5,1% para 4,9%.

Pnad contínua

A divulgação do segundo e terceiro trimestre de 2014 da Pnad Continua também sofreu alteração por causa da greve, que provocou atraso na coleta. A divulgação do segundo trimestre, prevista no calendário para o dia 28 de agosto, foi reprogramada para o dia 6 de novembro. E a divulgação dos dados do terceiro trimestre, prevista para o dia 6 de novembro, foi reprogramada para o dia 9 de dezembro.

Como foi a greve

Servidores do IBGE, em greve desde o dia 26 de maio, decidiram pelo fim da paralisação, em assembleias realizadas nos dias 11 e 12 de agosto. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, as cinco unidades do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maranhão, Roraima, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Distrito Federal retornariam ao trabalho na semana passada.

Durante a paralisação, que atingiu 21 Unidades Estaduais, o sindicato reivindicou que o instituto fosse tratado como órgão de Estado e não de governo. Os servidores pediram ainda autonomia técnica, reforço no orçamento condizente com plano de trabalho, valorização salarial e patamar do ciclo de gestão.

Houve unanimidade em todo o país pela realização de uma campanha de reintegração dos trabalhadores temporários que não tiveram seus contratos renovados durante a greve, com denúncia pública, apoio financeiro e jurídico da categoria.

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