O deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (03.05) que as obras do VLT paralisadas representam um prejuízo de R$ 10 milhões por mês aos cofres públicos do Estado, e que uma nova licitação para conclusão do modal pode custar até R$ 400 milhões mais caro. As declarações do parlamentar foram realizadas durante entrevista para a Rádio Capital FM.
De acordo com o parlamentar, o melhor caminho para o governo do Estado é acordo firmado com o Consórcio VLT junto à Justiça Federal para conclusão do modal, e que uma nova licitação apenas atrasaria mais a obra.
“Uma nova licitação pode ficar entre R$ 240 milhões a R$ 400 milhões mais cara, foi o que apontou a Controladoria Geral do Estado. Mas acredito que o grande pecado foi ter parado esta obra. Esta obra deveria ter continuado, sem polêmica ou com polêmica, e ela já estaria com os vagões andando”, disse Santos.
Wilson revelou que mesmo sem a homologação do acordo judicial com o Consórcio VLT, o Estado está articulando junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) a liberação de um empréstimo no valor de R$ 800 milhões para iniciar a retomada das obras.
“O Estado tem capacidade de endividamento na ordem de R$ 800 milhões. O que o STN está analisando é nosso poder de pagamento. Sabendo disso, o governador deve encaminhar nesses próximos dias uma lei autorizativa para a Assembleia Legislativa tratando sobre a concessão desse empréstimo junto a União. Sem esse empréstimo não será possível retomar a obra”, garantiu Wilson.
O deputado Wilson Santos deve retornar essa semana para o comando da Secretaria de Estado de Cidades (Secid/MT), responsável pelas obras remanescentes da Copa do Mundo, entre elas o VLT.
Acordo com Consórcio VLT Cuiabá-VG – Conforme Wilson Santos o acordo firmado entre o governo do Estado e Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, prevê que as obras de implantação do modal deverão ser retomadas ainda no primeiro semestre deste ano, com previsão de conclusão total dentro de 24 meses, ou seja, dois anos.
Segundo o acordo, para concluir a obra, o Estado deverá pagar mais R$ 922 milhões ao Consórcio, sendo que deste valor R$ 609 milhões estão relacionados à conclusão da implantação do modal, e R$ 303 milhões oriundos de débitos que o Estado tem com o Consórcio pelas obras já executadas e não pagas.
No acordo entre o governo e o consórcio, ficou acertado de que a primeira etapa da obra - que compreende o trecho entre o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e a estação do Porto, na capital - deverá ser entregue até 31 de março de 2018.
O cronograma prevê ainda, que até 31 de dezembro de 2018 deverá entrar em funcionamento todo o trecho da linha 1, que totaliza 15 km e liga o aeroporto ao Comando Geral, na avenida Historiador Rubens de Mendonça (avenida do CPA), em Cuiabá.
Já a linha 2, que possui 7,2 km de extensão e compreende o trecho entre a avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e o Parque Ohara, no Coxipó, deverá ser concluído até 31 de maio de 2019, segundo prevê o acordo.
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