Em comovente entrevista ao , Bianca Amorim, esposa de Kelvin Tavares da Cruz, 29 anos, entregador de aplicativo, que morreu em um acidente de trânsito no último dia 28 de maio, na avenida do Espigão, no bairro Tijucal, em Cuiabá, falou da dor da perda e a falta de segurança para estes trabalhadores.
Leia matéria relacionada - Entregador de APP morre atropelado por motorista bêbado em avenida de Cuiabá
Os entregadores por aplicativos paralisaram as atividades na sexta-feira (09.06), na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) - Campus Cuiabá, para protestarem e pedir mais segurança para poderem trabalhar em paz.
Bianca Amorim lamentou profundamente a falta de segurança na profissão e ressaltou a importância da manifestação para chamar a atenção do Poder Público e da população para os problemas enfrentados pelos trabalhadores de aplicativos.
"O motoboy sai para a rua e não sabe se vai voltar para casa", desabafou Bianca Amorim. Seu marido, Kelvin, de 29 anos, era entregador por aplicativo e foi vítima de um atropelamento por um motorista embriagado em Cuiabá no dia 28 de maio. Como entregadora também, Bianca ressaltou a necessidade de lutar por justiça e por melhorias para a classe dos motoboys, a fim de evitar que mais vidas sejam perdidas devido à falta de segurança.
"Meu marido participava ativamente das manifestações para melhorar a vida dos motoboys nas ruas. Estou aqui não só pela melhoria da classe, mas também para lutar por justiça em nome do meu marido Kelvin", explicou Bianca, com a voz embargada.
A viúva enfatizou a revolta da categoria diante da falta de segurança, pois os entregadores se arriscam diariamente sem saber se retornarão para seus lares. Ela ressaltou a importância de reconhecerem esses trabalhadores como heróis que arriscam suas vidas para fornecer refeições e outros serviços essenciais à população. Bianca pede melhores condições de trabalho, pontos de apoio, benefícios e seguros.
Com veemência, Bianca pediu respeito da população aos entregadores, no trânsito e em suas residências, destacando que esses profissionais sacrificam suas vidas para servir à sociedade. Ela conclamou todos a se unirem nessa luta para melhorar as condições de trabalho e garantir uma vida mais segura para os entregadores.
“A falta de segurança e de apoio nos revolta imensamente, porque o motoboy sai para a rua sem saber se voltará, assim como aconteceu com meu marido. Precisamos ser respeitados, somos trabalhadores que arriscam nossas vidas para levar almoço, lanche, jantar para as pessoas. Precisamos de pontos de apoio, reconhecimento, benefícios, assistência e seguros. Peço que a população respeite o motoboy no trânsito e quando receber em suas casas, que os acolha bem, compreendendo que essas pessoas estão arriscando suas vidas para servi-los. Peço que todos estejam ao nosso lado nessa luta para melhorar nossa vida e condições de trabalho”, concluiu Bianca com um misto de esperança e determinação.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).