O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) compareceu à Superintendência da Polícia Federal, segundo ele, “apenas” para prestar esclarecimentos na “Operação Theatrum”, deflagrada pela Polícia Federal, nesta terça-feira (18.10).
A operação investiga a compra de fiscalização do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em assentamentos com resultado previamente acertado.
O parlamentar negou envolvimento no esquema de corrupção, mas confirmou que foi convidado a prestar esclarecimento à PF. A assessoria do democrata relatou que um notebook, um celular e alguns documentos do gabinete do deputado foram apreendidos.
Dilmar disse que provou na Polícia Federal que não tem participação em esquema e não tem terra em nenhum assentamento.
Dal Bosco admitiu ter participado de audiência em Brasília/DF, para tratar da regularização de assentamentos no Estado, por ser presidente da Comissão de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa. De acordo com o parlamentar, foi uma audiência institucional e estava acompanhado do senador José Medeiros (PSD).
Ele disse que lamenta ter seu nome envolvido pela segunda vez em operação e por se tratar de denúncia anônima. Em 2014, o democrata foi citado na “Operação Terra Prometida”, também deflagrada pela Polícia Federal.
“A gente lamenta muito, porque veio novamente de denúncia anônima. Aí tem que vir provar que não tem nada com isso”, lamentou.
Além de Dal Bosco, outros políticos foram alvos da “Operação Theatrum”. Ao menos três vereadores, dois prefeitos e três vice-prefeitos também foram conduzidos para prestarem esclarecimentos. Os nomes ainda não foram divulgados.
A Polícia Federal divulgou há pouco um balanço da operação. A base da operação é o município de Itanhangá.
Em Itanhangá, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva. Em Ipiranga do Norte, são duas buscas e apreensões e duas conduções coercitivas.
Nas cidades de Diamantino, Cuiabá e Sinop, foram cumpridos apenas um mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva, em cada cidade. Na capital, o alvo foi o atual líder do governo no Legislativo, Dilmar Dal Bosco.
Fora do Estado, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e outro de condução coercitiva em Belo Horizonte, Guaíra (PR) e Planaltina (DF).
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