O reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva, afirmou em entrevista ao 
, que busca recursos para alimentação de cerca de 300 animais do Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas), antigo zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), prejudicados pelo corte do Ministério de Economia no Orçamento de 2022.
“Considerando esse bloqueio de recurso do financeiro que a universidade não recebeu, o plano suplementar, o plano contingenciado, para que não permitisse que os animais ficassem com fome, foi buscar outros recursos. Eu e o professor Roberto, representando a faculdade Medicina Veterinária, conversamos com outras entidades, com representantes do Ministério Público na área ambiental, que tem nos ajudado a viabilizar recursos”, disse o reitor.
Ele também apontou a ajuda de algumas entidades não governamentais (ONGs), a exemplo do “É O Bicho MT” (@eobichomt) e Amparo. “Duas entidades protetoras de animais e que nos ajudaram muito, ajudou o Estado de Mato Grosso na época das queimadas do Pantanal buscando fundos alimentos e distribuindo, as entidades estão nos ajudando, trazendo alimentos aqui na Universidade, para que a gente tenha uma geladeira, uma caixa d'água e uma reserva desses alimentos, caso os recursos do Ministério de Economia e do MEC - Ministério da Educação - não cheguem na Universidade, a gente não vai permitir que esses animais passam fome”, disse o reitor.
Questionado sobre o diálogo com o Ministério de Economia e Ministério da Educação para restabelecer o repasse, o professor Evandro Soares da Silva afirmou que conseguiu por meio da Casa Civil a liberação de R$ 1,4 milhão, no entanto, o valor ainda é insuficiente.
Willian Gomes e Luiz Carlos Sayão
Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas)
“Fizemos uma conversa no Mec, via Associação dos Dirigentes - reitores da Universidade, e o Mec também se colocou como não competente para encaminhar esses recursos diretamente, haja vista que o recurso foi pelo Ministério da Economia. Conversamos com a Casa Civil, que ajudou na articulação para liberar esses recursos para a UFMT, em um total de aproximadamente R$ 5,2 milhão, um dia após a conversa com a Casa Civil foi liberado R$1,4 milhão, em que ajuda, mas, é insuficiente”, disse.
Segundo ele, o valor é insuficiente considerando que as despesas do mês de outubro foram pagas em novembro. “O Ministério da Economia tinha liberado apenas 30% do total. Temos algumas notícias dos sites, que dizem que o Mec vai liberar em torno de R$ 2 milhões. Temos esperança que isso se cumpra, se cumprindo, a Universidade tem como honrar todos os seus compromissos, porque não temos até hoje nenhum valor atrasado em pagamento. Embora, tem algumas contas que venceram em novembro, mas, ainda está no prazo contratual, que são de 90 dias para a Universidade pagar.”
Willian Gomes e Luiz Carlos Sayão
Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas)
Especificamente sobre Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas), com o repasse prometido sendo cumprido, o reitor afirma que a Universidade tem condições de manter dezembro e início de janeiro. “E esperar também, o próximo orçamento, a PEC de Transição, para que possa liberar mais recursos para a universidade, para que a gente volte à normalidade orçamentária e financeira", encerrou.
Campanha - Quem tiver interesse de doar, a ajuda poderá ser feita por meio do PIX da Ong "É O Bicho MT". Em vídeo disponível na página da entidade foi publicado: "Toda a campanha de arrecadação é realizada pela @eobichomt . Precisamos da sua ajuda!
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