O Ministério Público Estadual (MPE) encaminhou recomendação ao Governo do Estado para que realiza a interdição parcial do Centro de Detenção Provisória do município de Juína.
Segundo o promotor de justiça Dannilo Preti, desde maio do ano passado uma ação judicial está em trâmite requerendo melhorias ao local, mas o pedido foi requerido diante da situação de alerta de casos de hanseníase na cidade.
“O novo pedido de interdição parcial foi protocolado, principalmente, em razão da ausência de médico e enfermeiro no local o que faz com que inviabilize a prevenção e diagnóstico de casos de hanseníase”, explica Preti.
Ainda segundo o MP, a interdição parcial é necessária para impedir o ingresso de novos presos de outras comarcas na unidade. Atualmente, a população carcerária de Juína é de 226 presos, sendo que 77 são oriundos de outros municípios. Entre os problemas relatados ao Ministério Público, o Centro de Detenção Provisória apresenta deficiência estrutural que reflete na insalubridade do ambiente; superlotação e a ausência de médico e enfermeiro.
A ausência dos profissionais na área da saúde para atuar na unidade prisional ocorre mesmo com candidato aprovado em concurso público. “Se não houver ação hoje, Juína pode ser amanhã, um Carandiru (111 mortos - São Paulo/SP), Urso Branco (27 mortos - Porto Velho/RO) ou, mais recentemente, Anísio Jobim (56 mortos - Manaus/AM) e Alcaçu (26 mortos- Natal/RN) ”, alerta o promotor no pedido.
Além disso, o Ministério Público destacou que dos 40 presos atendidos no mês passado pela equipe multidisciplinar de saúde, 21 apresentaram a hanseníase.
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