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Diante da ameaça de corte de salário, somos obrigados a retornar para as unidades escolares, justificou Sintep/VG
"Retomar aulas com variante Delta na pandemia de Covid-19, sem vacinação, é expor toda a família a riscos de morte", avalia a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, subsede de Várzea Grande (Sintep/VG).
Em carta de repúdio publicada na noite dessa segunda-feira (02.08), a categoria afirma que vê com preocupação o retorno das aulas presenciais na rede pública, justamente quando a variante Delta (considerada a mais agressiva das variantes do vírus Covid-19), “amplia seu quadro de infecção e mortes em Mato Grosso”.
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“Tal decisão constitui uma temeridade ante as notícias veiculadas de que a variante Delta não escolhe idade e comorbidade e já ceifa vidas em idade escolar em MT. Chama a atenção que a decisão das autoridades, que deveriam atuar para preservar vidas, expõe toda a comunidade escolar sendo que entre educadores já contam com mais 100 mortes por Covid-19 em MT”, diz trecho do documento.
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O Sintep/VG disse ainda que não será de estranhar que nos próximos dias ou semanas se agrave o quadro pandêmico em Mato Grosso em decorrência do “afrouxamento das regras de isolamento”, podendo resultar em uma tragédia no Estado com aumento de casos e mortes.
“Conclamamos aos profissionais da educação nas escolas que ao menor sinal de infecção no interior das unidades escolares para que suspendam as atividades presenciais e só retornem com segurança sanitária. Diante da ameaça de corte de salário, somos obrigados a retornar para as unidades escolares. No entanto, continuaremos nossa luta para que as famílias possam, enquanto durar a pandemia e sem ter testagem e vacinação em massa, pais e mães, avôs e avós não corram riscos ao enviar seus filhos para as unidades”, diz outro trecho do documento.
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Ao final, a categoria pediu para que os pais e mães de alunos se certifiquem das condições sanitárias das unidades escolares para que seus filhos não corram riscos de serem contaminados.
“Que sejam respeitados na sua opção de não enviarem seus filhos para as unidades escolares enquanto não houver vacina para todos e que sejam assegurados o direito de os estudantes continuarem em aula remota, ao mesmo tempo que lhes sejam garantidos que os filhos serão atendidos mesmo não presencialmente na escola”, encerrou documento.
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