O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sisma), Oscarlino Alves, afirmou ao oticias que o governador Mauro Mendes (DEM) mentiu ao dizer que o Estado está quebrado e afirmou que Poderes estão com “sobras” de caixa de mais de R$ 500 milhões enquanto servidores públicos “amargam” mais de um mês sem receber salários.
Segundo ele, os servidores entendem que a possibilidade de greve é real devido ao governador Mauro Mendes se negar a dialogar com a categoria e continuar sem pagar os salários, enquanto que juízes, promotores, deputados, conselheiros e defensores públicos estão com os proventos em dia.
“O Estado não está quebrado como o governador está dizendo. Prova é que os magistrados estão com o salário em dia, com o décimo terceiro em dia. Os promotores estão com salário e décimo terceiro. Os deputados, os defensores públicos, os conselheiros do Tribunal de Contas, todos eles estão com salário e décimo em dia. Só nós servidores que estamos com os salários atrasados”, declarou o sindicalista.
Segundo ele, o recurso enviado pelo governo para o Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público, Assembleia Legislativa e Defensoria Pública, é tão alto que os Poderes não conseguem “gastar tudo” e consequentemente, o resultado são sobras financeiras milionárias, citando por exemplo um excedente de mais de R$ 500 milhões no caixa do Judiciário de Mato Grosso.
“No cofre do Tribunal de Justiça tem uma sobra, dos duodécimos, que vai muito dinheiro para lá e falta aqui, tem mais de R$ 500 milhões em caixa hoje. Além disso, o Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, a Assembleia, todos têm sobra de caixa do duodécimo”, disse Oscarlino.
O sindicalista ainda negou altos salários no governo do Estado e disse que Mendes tenta confundir a sociedade com intuito de “jogar a população contra os servidores públicos”.
“Não tem alto salário, eles quiseram confundir a mídia. Nós não temos FGTS. Tem servidor que ganha na justiça indenizações, aí eles pegam isso no Portal Transparência e falam que é salário. Querem confundir a sociedade e querem jogar a sociedade contra os servidores”, finalizou Alves.
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