Os servidores Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT) iniciam nesta segunda-feira (21.10) a paralisação das atividades por tempo indeterminado. Os profissionais aprovaram no dia 07 deste mês o indicativo de greve.
A presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran/MT), Veneranda Acosta, disse ao VG Notícias, que a paralisação ocorre porque o governo do Estado vem tratando as reivindicações da categoria com descaso.
“A nossa principal reivindicação é que o governo resolva as precariedades da parte estrutural das unidades do Detran de Mato Grosso, mas apesar de vários meses estamos negociando isso com o Estado, nada ainda foi feito” declarou Veneranda.
Segundo ela, atualmente as condições de trabalho nas unidades do Detran são desumanas. “Os prédios estão quase todos deteriorados, as paredes estão quase caindo nas nossas cabeças. Não tem material de expediente, copo descartável, falta água e o sistema eletrônico cai quase todo o momento”, relatou à servidora.
De acordo com Veneranda, o Detran arrecada diariamente R$ 1,2 milhão, mas apesar disso não tem dinheiro em caixa para fazer as melhorias necessárias na parte estrutural das unidades e assim melhorar também na parte do atendimento aos usuários do serviço.
Além de buscar melhorias na parte estrutural, os servidores reivindicam uma reforma administrativa no Detran, com o corte no número de cargos de chefia, que segundo a categoria, são muitos pelo tamanho do órgão.
“Com a diminuição de alguns cargos de chefia, vamos economizar R$ 3 milhões por ano, sobrando assim mais recurso para ser investido na estrutura das unidades. Além do mais, existem muitos cargos de chefia que não tem necessidade. Essas pessoas que ocupam estes cargos recebem um salário alto, sendo que no final ele é apenas mais um servidor como nós e não um chefe” declarou Veneranda.
A categoria ainda cobra do Estado, a devolução de servidores cedidos para o Detran por prefeituras e outras Secretarias que estão ocupando vagas de candidatos classificados; outro concurso público para profissionais não contemplados no último concurso; revogação da lei complementar que terceiriza o setor de vistoria veicular/ambiental; e publicação de uma lei complementar que defina recursos mensais para o Detran poder funcionar.
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