Os servidores Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) podem entrar em greve nos próximos dias, em protesto contra o impasse nas negociações com o Governo Federal em relação à reestruturação da carreira e recomposição salarial da categoria. A decisão será tomada em assembleia geral convocada para a próxima sexta-feira (1º.03), às 8 horas, na sede do sindicato dos técnicos (Sintuf), em Cuiabá.
Segundo a coordenadora do Sintuf, Leia de Souza Oliveira, a assembleia segue um indicativo nacional da categoria, deliberado em plenária da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) em janeiro, que orientou as entidades de base a fazer rodada de assembleias no período de 26 de fevereiro à 1º de março de 2024, para aprovação da deflagração da greve caso não houvesse contraproposta que contemplasse as reivindicações da categoria.
No dia 22 de fevereiro ocorreu a terceira reunião da mesa específica para discutir a reestruturação da carreira. A Direção Nacional da FASUBRA avaliou que a contraproposta apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI) não contempla a Categoria, já que o recurso financeiro oferecido para implementação em 2025 e 2026 não é suficiente para a reestruturação da carreira e não teria nenhuma recomposição salarial dentro da carreira para 2024.
Entenda
O Orçamento de 2024 estabelece R$ 1,5 bilhão para reajuste do salário dos funcionários públicos. O debate sobre reajuste salarial para 2024 começou no 2º semestre do ano passado. Como parte desse processo, já foram abertas 22 mesas específicas e temporárias para tratar de algumas carreiras. Nas reuniões, representantes do ministério e dos funcionários públicos negociam pautas específicas e que possuam impacto orçamentário.
Com base no orçamento, o Governo propõe um reajuste de 9%, dividido em duas parcelas de 4,5% em 2025 e 2026. Segundo a ministra da Gestão, Esther Dweck. Isso significa que, quando considerados os 9% já concedidos em 2023, haverá um total acumulado de reajuste de 19,03%, acima da inflação de 16,5% prevista para o período (2023-2026).
O governo também propôs um aumento dos auxílios (creche, saúde e alimentação) aos funcionários públicos.
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