Servidores da Educação em Mato Grosso realizaram na manhã desta quarta-feira (26.04), no qual participaram representantes de vários municípios, uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em defesa da aplicação da Lei do Piso Nacional do Magistério Público e a revogação do Novo Ensino Médio. O ato faz parte de uma paralisação nacional.
Em entrevista ao , a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Leliane Cristina Borges, contou que o objetivo da manifestação é lutar para garantir o direito dos alunos em escolher a carreira que deseja no futuro, "direitos estes", que segundo ela, correm risco de acabar com a implantação do Novo Ensino Médio.
“Primeiro que é uma pauta nacional, pela revogação do Novo Ensino Médio, porque o novo modelo não tem nada de novo. Cria-se a escola de pobre contra a escola de rico, e não dá o direito dos nossos alunos estarem preparados para chegar e escolher a carreia que eles quiserem. O sonho de um professor é que o aluno seja o que ele quiser, e a gente tem que dar condições na escola”, declarou a vice-presidente.
Borges disse que a luta deles também é contra o confisco nos salários dos aposentados, pois o Governo do Estado vem descontando cerca de 14% deles, visto que sempre colaboraram na previdência. “Também estamos aqui contra o confisco dos aposentados, o governo de Mato Grosso está descontando 14% dos aposentados, e eles colaboraram a vida toda na previdência para poderem se aposentar, então não é justo que retirem 14%”, contou.
Ela falou também sobre o pagamento do RGA que o Governo, de acordo com a sindicalista, se nega a pagar para os servidores do município. “Nós também temos o pagamento do RGA que o Governo vem negando esse pagamento para os servidores destes municípios. A gente avisa para a população o que é o Estado, lá no bairro, na comunidade, é a saúde, segurança e educação, quando ele nega o direito aos servidores públicos, ele está negando também a população”, afirmou.
Leliane acrescentou: “Nossa luta é por direito e que tenha um governo digno do povo e para o povo. Eu luto enquanto servidora pública, enquanto sindicato, e que nosso aluno no chão da escola tenha direito de educação de qualidade. O Governo do Estado vem tomando políticas que retiram o direito dos alunos, entulhando e levando para as escolas matérias inadequadas para a realidade dos alunos e a gente precisa que esses alunos sejam respeitados”, finalizou.
Outro Lado – O entrou em contato com assessoria do Mato Grosso Previdência (MTPrev), para a questão do desconto previdenciário dos servidores.
Confira a nota da MTPrev abaixo:
"Não se trata de um confisco. O que existe é, respeitando o princípio da solidariedade prevista na constituição e por o sistema ser deficitário, existe uma contribuição do aposentado, que foi prevista na reforma federal 103, de quando houver déficit atuarial o aposentado pelo princípio da solidariedade deve contribuir também para a equalização do déficit para o equilíbrio da previdência. A princípio na constituição a contribuição é acima de um salário mínimo, de tudo aquilo que exceder um salário mínimo, mas o estado de Mato Grosso fez um ajuste e essa contribuição ela está a partir de três salários mínimos ou seja, o servidor aposentado tem uma parcela do seu provento isento da contribuição que é até três salários mínimos".
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