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Cidades Sábado, 22 de Junho de 2024, 09:12 - A | A

Sábado, 22 de Junho de 2024, 09h:12 - A | A

Educação Especial

Sem respaldo da Seduc, mãe luta por transporte escolar para filha com paraplegia em VG

Thalita enfrenta há mais de um ano a interrupção inexplicável do transporte especial para frequentar a escola

João Victor & Angelica Gomes/VGN

Taize Oliveira de Miranda, moradora do bairro Ipase em Várzea Grande, vive um drama contínuo na tentativa de garantir a educação de sua filha Thalita Alessandra de Oliveira, de 13 anos. Thalita, que sofre de hidrocefalia e paraplegia, enfrenta há mais de um ano a interrupção inexplicável do transporte especial necessário para frequentar a escola, apesar de estar devidamente matriculada na Escola Estadual Pedro Gardés, localizado na Avenida Senador Filinto Müller.

Desde o início do ano letivo de 2023, o serviço de transporte essencial para Thalita foi interrompido sem aviso prévio, o que impossibilita a adolecente de frequentar a instituição de ensino. "Esperamos que o governo seja imediato e atenda às necessidades do portador. A Thalita está há dois anos esperando uma simples autorização para ter acesso à educação", desabafou Taize durante uma entrevista concedia ao nessa quinta-feira (20.06).

Mesmo com intervenções do Ministério Público e da Defensoria Pública, que acataram a necessidade do transporte, o problema persiste. "Foi feito no ano passado. Eles têm conhecimento. Foi acatado pela Promotoria Geral aqui, o Ministério Público. E foi feita uma visita semana passada da assistência social", relatou Taize, que é mãe solo.

A falta de transporte adequado não apenas impede Thalita de frequentar a escola, mas também atrasa significativamente seu desenvolvimento educacional. "Ela já tem um retardo de aprendizado. Por isso que precisa de uma professora para fazer adaptação do exercício, porque ela não aprende da mesma forma que um aluno normal. Ela tem um retardo mental de aprendizado", explicou a mãe.

Preocupada com o futuro da filha, Miranda lamentou o descaso por parte da Secretaria de Educação do estado de Mato Grosso (Seduc) em liberar o transporte adequado para Thalita. Ela ainda ressaltou que por conta desta situação a jovem irá demorar mais que o normal para encerrar o ensino médio.

“Ela vai demorar um pouquinho mais terminar o ensino médio, pois já foram dois anos perdido. O ano que vem ela vai voltar a fazer o sétimo por conta desta demora”.

Escola recusa aceitar estudante

A situação se agrava pela recusa da Escola Estadual Profª Elmaz Gattas Monteiro em aceitar a matrícula de Thalita, mesmo com um pedido formal da Defensoria Pública e do Ministério Público. "A escola do meu bairro negou, mesmo com o pedido da Defensoria e do Ministério Público. Mesmo com todos os pedidos em mãos, eles não atenderam", lamentou Taize.

Com a negativa, a escola mais próxima que aceitou Thalita foi a Escola Estadual Pedro Gardés, que de acordo com Taize, fica localizada a 11 quadras de distância. Sem o transporte adequado, é impossível para Thalita, que necessita de cuidados especiais e sofre com a locomoção devido às suas condições médicas, frequentar as aulas regularmente.

Taize destacou que em 2022 Thalita teve acesso a todos os recursos necessários, incluindo transporte e acompanhante, mas a partir de 2023 esses serviços foram cortados sem explicação. "Só deixaram de ir atender. Só pararam de vir buscar ela", afirmou a mãe.

A família apela às autoridades competentes para que cumpram suas responsabilidades e garantam o direito à educação de Thalita e de pessoas de baixa renda e com necessidades especiais. "Nós somos eleitores. Os políticos, os promotores estão aí para poder servir a comunidade, a sociedade", finalizou Taize.

Outro lado

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) esclareceu que o município é o responsável pelo transporte escolar no perímetro urbano. Cabe à Seduc, apenas o transporte de estudantes da zona rural. A família da estudante deve procurar o setor responsável na Prefeitura de Várzea Grande. Em relação à transferência da EE Pedro Gardés para a EE Elmaz Gattas, já foi acordo com a mãe, senhora Taize Oliveira de Miranda, que ela encaminhasse a solicitação. Somente na manhã desta segunda-feira (24), ela comparaceu à escola para efetivar a transferência.

 
 

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