O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso (SespMT), coronel PM César Augusto Roveri, afirmou em entrevista ao nesta segunda-feira (29.07), que aguarda estudo e análise de capacidade financeira para contratação dos policiais aprovados no concurso público do Estado. Segundo ele, os aprovados só serão chamados "se houver necessidade".
Com um déficit de 5 mil policiais, Mato Grosso é o Estado mais violênto do Centro-Oeste e possui a quarta cidade mais violenta do país, o município de Sorriso, a 298 Km de Cuiabá. Leia mais sobre o assunto: Mato Grosso é o Estado mais violento do Centro-Oeste, diz pesquisa.
“Assim que tivermos capacidade financeira para contratação, se houver realmente a necessidade, vamos fazer a contratação. O nosso concurso é cadastro reserva. É conforme a necessidade e conforme a disponibilidade financeira do Estado, obviamente passando um estudo técnico com um ok, tanto da Secretaria de Planejamento como da Secretaria de Fazenda e também aprovado pela nossa equipe técnica do nosso núcleo de gestão estratégico, obviamente que podemos chamar novos servidores”, declarou o secretário.
César Augusto Roveri também enfatizou que o chamamento deve atender a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado. “Teremos que fazer dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal até para o Estado não extrapolar o limite de pagamento da folha de servidores. Isso afeta diretamente a questão da gestão, não só da Secretaria, mas como do Governo em sua totalidade.”
Segundo estudo da Associação de Cabos e Soldados de Mato Grosso (ACS-MT), atualmente o Governo do Estado de Mato Grosso possui um déficit de 5.784 servidores. Mais de 1.300 aprovados, que aguardam a convocação, alertam que faltam cerca de cinco meses para vencer o prazo do concurso da Polícia Militar realizado em 2022.
A Lei Complementar nº 555, de dezembro de 2014, que dispõe sobre o Estatuto dos Militares do Estado de Mato Grosso, afirma que o Estado de Mato Grosso deveria possuir, aproximadamente, 12 mil soldados na Polícia Militar. Número adverso ao que compõem a força de segurança militar no ano de 2024.
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