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Cidades Sábado, 04 de Maio de 2019, 09:00 - A | A

Sábado, 04 de Maio de 2019, 09h:00 - A | A

NOVA GESTÃO

Santa Casa custará R$ 15 mi ao Estado e ainda deve passar por investigação

Larissa Malheiros- Especial VGNOTÍCIAS

VGNotícias

Mauro Carvalho

 

O secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, considera que um dos maiores desafios para reabertura do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, será reestruturar a unidade, que deve custar R$ 15 milhões por mês aos cofres público. Isso porque, segundo informações que obteve pelo atual diretor do Hospital, o médico Luiz Henrique Saboia, vários equipamentos foram retirados do local.

O Governo do Estado anunciou nessa quinta-feira (02.05) decreto para requisição administrativa da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, ou seja, vai utilizar o prédio e os equipamentos e tornar a unidade, um hospital estadual.

Carvalho conta que Saboia denunciou os acontecimentos irregulares dentro da unidade e deve formalizar em breve aos Conselhos de Medicina Regional e Federal e também ao Ministério da Sáude. “Ele afirmou que está triste por ter encontrado uma Santa Casa que eu trabalhou muitos anos na condição que ela está, e para vocês reabrirem a Santa Casa, vocês vão levar algum tempo em função dos equipamentos que foram retirados e dos serviços que foram retirados daqui”. Então isso é preocupante”, destacou o secretário em entrevista a rádio Capital, nesta sexta-feira (03), em Cuiabá. 

Ele também lembra que o médico que assumiu a unidade recentemente já havia feito a denúncia para a Polícia Civil. “O delegado geral Mário Demerval, esteve pessoalmente na Santa Casa e abriu um inquérito para apurar todos esses fatos. Isso está em processo de investigação e tão logo a gente saiba o que aconteceu dentro das Santa Casa, nós iremos divulgar”, pontuou.

No entanto, mesmo com os possíveis problemas relacionados à estrutura, ele garante que a nova gestão não irá demitir os colaboradores, mas avisa que não vai obrigar ninguém a atuar sob gerência do Estado. Também explica que não existe motivo para exonerar nenhum colaborador, sendo que os mesmos, contribuem há anos com o funcionamento da unidade, e problema da Santa Casa não foi capacidade técnica, mas sim financeira.

“Agora as pessoas que tem o perfil , que vem desempenhando já algum tempo dentro da Santa Casa serviços de qualidade, essas pessoas com certeza irão continuar e não tem motivo algum para o Estado querer substituí-las. Então, essa preocupação dos funcionários do corpo clínico, não existe essa preocupação por parte do Estado, pelo contrário, este time dentro da Santa Casa já funcionava muito bem , então não tem o porque a gente alterar isso”.

Sobre o custo que o Estado terá para manter o Hospital, ele revela que o Governo contará com ajuda de outros poderes. “Pelo cálculo, até dos Hospitais Regionais, a Santa Casa deve gerar R$ 12 a R$ 15 milhões de reais por mês.Logicamente com apoio do Ministério da Saúde, da prefeitura de Cuiabá , do Governo do Estado e um apoio muito grande da Assembleia Legislativa”.

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