Durante audiência extrajudicial a promotora de Justiça Ana Luíza Ávila Peterlini, da 15ª Promotoria Cível de Defesa do Meio Ambiente Natural, afirmou que uma "sucessão de erros" culminaram em uma ferida preocupante no Morro de Santo Antônio, localizado em Santo Antônio de Leverger. O encontro foi na sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá, nesta quinta-feira (16), para tratar das obras e das consequências da abertura de uma via de acesso da base ao topo do Morro.
“A intenção do Estado talvez tenha sido a melhor, mas infelizmente eu acho que ela foi mal executada pela falta de planejamento", ressaltou a promotora.
O Governo do Estado realizou em novembro do ano passado algumas obras de infraestrutura no Monumento Natural, que é uma unidade de conservação de proteção integral.
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As obras do Governo abriram uma trilha significativa na região do morro. Peterlini destacou que a execução final das obras foi significativamente diferente do projeto arquitetônico apresentado.
“Acho que aquela máquina subiu lá do jeito que ela entendeu melhor. Até o projeto arquitetônico que vi é diferente do que vi, da trilha que foi feita. Era um zigue zague e foi feita uma reta”, explicou.
Peterlini ainda enfatizou que também houve falta de fiscalização por parte das secretarias responsáveis.
“Faltou fiscalização do órgão gestor, faltou fiscalização da Secretaria de Cultura, faltou fiscalização da própria Sinfra”, disse. Ela concluiu enfatizando a gravidade da situação, “É preocupante porque é uma ferida ali naquele Morro”.
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