Os profissionais da rede estadual de Educação devem encerrar hoje a greve, que já dura mais de 60 dias, e retornar as aulas na próxima segunda-feira (21.10). A categoria realiza na tarde desta quinta (17) em Cuiabá, uma assembleia-geral para tratar sobre o fim da paralisação e a nova proposta do Governo do Estado.
De acordo com o secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares, a categoria realizou na manhã desta quinta uma reunião do Conselho de Representantes, e 90% dos representantes das escolas do Estado, entendem que a nova proposta do Governo atende as reivindicações da classe.
“Eles entendem que a paralisação deve ser suspensa. Eles acreditam que a proposta e valida e atende os anseios da categoria. Entendemos que a luta foi valida e conseguimos os direitos que buscávamos, como dobrar o poder de compra, a hora-atividade, o chamamento dos aprovados do último concurso público. Além disso, resistimos a toda a forma de pressão do Estado”, disse Gilmar.
Gilmar disse ainda, que apesar do Conselho de Representantes, decidir em encerrar a paralisação, a proposta será discutida com toda a categoria na Assembleia-Geral, que decidirá em aceitar ou não a proposta e assim por fim a greve. Caso o movimento seja encerrado, o representante disse que as aulas devem voltar na próxima segunda (21).
Proposta do Estado - O Estado propôs a categoria, dobrar o poder de compra dos professores em um prazo de 10 anos, atendendo a reivindicação dos profissionais. O primeiro reajuste seria a partir de 1º de março de 2014 – já que a primeira proposta era que o reajuste seria concedido somente em maio do ano que vem.
Em maio de 2015 será aplicado mais 6% de aumento real. No ano seguinte, o reajuste será de 7% até chegar a 2023, completando 100% de reajuste acumulado.
Já referente à remuneração da hora-atividade para os professores interinos - outro ponto reivindicado pela categoria -, o Governo manteve a condição de pagar o benefício em três parcelas, começando em 2014. Conforme a proposta será pago 40% em 2014; 30% em 2015 e a integralidade a partir de 2016.
Os profissionais reivindicam que a hora-atividade seja pago integralmente em 2014, não apenas em 2016.
Atualizada ás 16h55 - Em assembleia-geral realizada nesta quinta, os profissionais da Educação decidiriam por unanimidade, suspender a paralisação. Porém, a categoria avisa que o indicativo de greve será mantido até que o projeto com a proposta do governo do Estado seja encaminhado à Assembleia Legislativa e devidamente aprovado.
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