Alunos da rede estadual em Mato Grosso correm o risco de ficar sem aulas por causa de greve dos profissionais da educação. Dia 05 de agosto a categoria se reúne em assembleia para votar o indicativo de paralisação.
Os professores da rede estadual de educação cobram do Governo do Estado vários pontos, como reajuste salarial e melhorias estruturais nas escolas de vários municípios de Mato Grosso.
O principal ponto, segundo a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Jocilene Barbosa, é a aplicação do piso salarial no valor de 10,41%. O aumento seria de R$ 163,12, levando em consideração que atualmente o salário de professor é de R$ 1.567,00.
De acordo com ela, o reajuste salarial é um dos pedidos dos professores que desejam ter um piso salarial equiparado com os demais servidores estaduais do Poder Executivo. “Pedimos um reajuste de 10,41%, para que em sete anos possamos ganhar quase o mesmo valor que grande parte dos demais servidores do Poder Executivo do Estado”, disse Jocilene.
Conforme a representante do Sintep, o aumento seria ano a ano (em sete anos), ou seja, um aumento de 72,87% ao fim dos sete anos, que resultaria em um acréscimo de R$ 1.141,84.
Os profissionais da educação pedem também melhorias urgentes em prédios de pelo menos 17 escolas do Estado. Segundo o sindicato, tem unidades de ensino que está há mais de três anos em reforma sem conclusão, escolas sem ter aparelhos de ar-condicionado, sendo que os equipamentos estão na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) encaixotados, além de realizar reformas em muitas escolas da rede estadual que segundo relatos, em alguns municípios as paredes estão “caindo” na cabeça dos alunos.
Conforme a secretária-geral da Sintep, alguns professores solicitaram que a greve inicie no fim deste mês, já que as escolas voltam do período de férias no dia 29.
“Terminaria as férias e iniciaria a greve dos professores, mas deixamos para decidir dia 05 de agosto mesmo sabendo que grande parte dos profissionais entende que já devíamos estar em greve. Vamos aguardar até o dia 05 para que o governador nos convoque para negociar as proposta, caso este contato não seja feito, vamos decidir na Assembleia Geral o início da greve” encerrou a sindicalista.
Além destes pontos, a categoria reivindica a imediata convocação dos aprovados no último concurso público do Estado realizado em 2010, a profissionalização de funcionários da rede e outros.
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