Professores da rede estadual de Mato Grosso decidiram nesta segunda-feira (05.08), em assembleia geral, entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação começa na próxima segunda-feira (12.08).
A decisão ocorreu após 3 horas de discussão e avaliação sobre a pauta de reivindicações dos educadores em Mato Grosso. Cerca de 2 mil trabalhadores da educação, entre professores, técnicos e apoios administrativos participaram da assembleia.
“O estado de greve desde abril não surtiu efeito no governo, que se limitou a responder à pauta de reivindicações sem apresentar propostas concretas de investimento em educação”, destacou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Henrique Lopes
O Estado, na busca de evitar a paralisação, chegou a propor em julho, em audiência com a classe, a constituição de um grupo de estudo entre quatro secretarias – Secretaria de Educação, Administração, Fazenda e Planejamento – junto com o Sintep, para dia 15 de outubro chegar a consenso de uma proposta.
O secretário de articulação sindical do Sintep/MT João Eudes Anunciação apontou à categoria, durante a assembleia geral, que a greve se tornou inevitável.
"Esse governo não nos engana com um documento travestido de negociação. Esse governo nunca debateu a pauta de reivindicações e nós estamos cansados de compromissos que não são honrados"
Os professores da rede estadual de educação cobram do Governo do Estado vários pontos: reajuste salarial de 10,41%, imediata realização de concurso público, chamamento dos classificados do último concurso, garantia da hora-atividade para interinos, melhoria na infraestrutura das escolas, aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual e autonomia da Secretaria de Estado da Educação nos recursos devidos na área.
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