Os profissionais da rede estadual de Educação irão decidir nesta segunda-feira (16.09), em assembleia geral - às 14h, na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá -, se irão encerrar ou não a greve deflagrada em 12 de agosto. A greve envolve mais de 90% dos educadores.
Em entrevista ao VG Notícias nesta sexta-feira (13.09), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes, disse que a assembleia geral servirá para avaliar como está o movimento grevista em todo o Estado e os ânimos dos profissionais, se eles estão dispostos a manter a paralisação ou não.
Henrique citou ainda, que o Sintep/MT irá recorrer da decisão do desembargador Marcos Machado, que considerou a greve dos profissionais abusiva e ilegal, e determinou que a categoria retornasse as atividades no prazo de 72 horas.
“Vamos recorrer da decisão, se não conseguirmos reverte-la em Mato Grosso, iremos recorrer na instância superior” destacou.
Indagado sobre o Sintep/MT descumprir a decisão judicial e ter que arcar com pagamento de multa estipulada pelo desembargador em R$ 23.760,00 ao dia, Henrique disse que multa nunca fui empecilho para os profissionais grevistas.
“Não será a primeira vez que o Sintep/MT será multado por conta da greve. Isso não significa que o Sindicato está com dinheiro sobrando para pagar multa, mas, não podemos deixar que a multa vire empecilho para acabar com o movimento grevista” enfatizou.
O governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), foi criticado pelo presidente do Sintep/MT. Henrique Lopes classificou o peemedebista como “duas caras” e “irresponsável”.
De acordo com ele, em reunião com a categoria, Silval autorizou a comissão da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), realizar estudos para atender a pauta de reivindicações da classe, e ao mesmo tempo, agindo pelas costas dos profissionais ingressou na Justiça pedindo que o movimento fosse declarado ilegal e abusivo.
"Ele (Silval Barbosa) agiu de forma dúbia, foi irresponsável, ao mesmo tempo em que ele autorizou que fosse feita a projeção da dobra do poder de compra sorrateiramente buscou a ilegalidade da greve. É um governo de duas caras, e isso foi revoltou ainda mais os profissionais" criticou.
Os educadores lutam por melhores condições de trabalho, reajuste salarial, melhoria das escolas que não possuem estruturas para atender com qualidade o aluno e que ainda, alegam que os convocados do último concurso público não foram suficientes para atender a demanda.
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