Durante a Audiência Pública sobre as queimadas no Pantanal, realizada nesta quinta-feira (23.11), a presidente do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD), a médica veterinária Carla Sássi, cobrou do Governo do Estado de Mato Grosso os investimentos de milhões destinados ao combate de incêndios na região. Ela destacou a ausência de um plano de manejo para a fauna local e questionou se essa omissão estaria relacionada ao negacionismo do governador Mauro Mendes (União) ou a uma estratégia para minimizar o impacto real na fauna silvestre.
Carla Sássi enfatizou a necessidade de um "real plano de manejo" e de esclarecimentos sobre a aplicação dos recursos destinados ao combate de incêndios. Ela expressou preocupação com as "vítimas invisíveis", referindo-se aos animais silvestres que são fundamentais na cadeia alimentar e que sofrem os impactos diretos dos incêndios.
A presidente do GRAD criticou a falta de ações concretas na prevenção e manejo da fauna, citando a ausência de orientação aos turistas na Transpantaneira e a falta de guardas-parque no Parque Estadual Encontro das Águas, berço da onça-pintada. Carla ressaltou que a fauna, composta por milhões de animais, está sendo impactada de maneira imensurável, enquanto o governo foca em monitoramento por helicóptero, sem ações efetivas no campo.
Ela destacou que, mesmo com as chuvas amenizando os incêndios, há um risco considerável de que o fogo retorne. A presidente do GRAD informou que a equipe permanece no Pantanal em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), resgatando animais e enfrentando os desafios da região.
Carla concluiu ressaltando que, apesar da ajuda ter demorado a chegar, o Grupo de Resgate continua atuando no Pantanal para preservar a vida silvestre.
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