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Cidades Quinta-feira, 10 de Agosto de 2023, 10:29 - A | A

Quinta-feira, 10 de Agosto de 2023, 10h:29 - A | A

educação não igualitária

Presidente da Undime critica escolas cívico-militares: "contribuem para desigualdade no país"

"Existem inúmeros desafios na educação que ainda não vencidos, e são mais importantes que a pauta da militarização", destacou

Giovanna Bitencourt & Edina Araújo/VGN

“Se fizer só para alguns e não para toda a população, é melhor que não faça”, disse o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), professor Alessio Costa Lima, em entrevista ao , nessa quarta-feira (09.08), durante o 19º Encontro Nacional de Dirigentes Municipais da Educação, sobre as escolas cívicos-militares no Brasil.

Alessio afirmou que a Undime defende educação igualitária para todos. Ele afirmou que é preciso investir na educação na totalidade, e manter um padrão de qualidade nas escolas públicas, ao invés de investir apenas em escolas militares, que irá beneficiar somente uma parcela da população.

“Se não é para todos, vamos considerar um modelo excludente. A Undime não defende a questão de modelo de exclusão, nós defendemos uma educação que seja igualitária para todos. Ao invés de investir, o que se tem de investir em qualidade não é só nas escolas militares, tem se garantir esse padrão de qualidade a todas as escolas públicas”, afirmou.

A Undime não defende a questão de modelo de exclusão, nós defendemos uma educação que seja igualitária para todos, diz presidente nacional da Undime,professor Alessio Costa Lima

Conforme ressaltado pelo presidente, escolas militares seguem um modelo de educação que exclui inúmeros estudantes, por ser focado em apenas uma parcela da sociedade, e por isso contribuem para a desigualdade social no país.

Segundo ele, o discurso de educação de qualidade deve ser usado para todos os tipos de escola, e que o Estado tem a obrigação de garantir qualidade no ensino em geral, e não apenas em escolas militares.

“A obrigação do Estado é garantir uma educação pública de qualidade, com equidade para todos. Nossa prioridade é garantir que o ensino seja igualitário para todos. Fazer escolas que sejam ilhas de excelência é um modelo excludente, e esse modelo de escola militarizada, essa interferência com a questão militar na educação, faz com que o modelo não seja para todos”, disse.

Ele destacou que existem diversos problemas maiores na área para serem enfrentados, como a de falta de acesso à educação, gerado pela desigualdade social, e com isso, a pauta sobre o militarismo acaba sendo inferior.

“A escola pública precisa oferecer uma boa infraestrutura e qualidade, independentemente de ser militar ou não. Se for fazer isso para alguns e não fizer para toda a população, é melhor que não faça. Existem inúmeros desafios na educação que ainda não vencidos, e são mais importantes que a pauta da militarização”, destacou.

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