A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Luis Alberto Nespolo, afirmou em entrevista ao nessa segunda-feira (23.05), que a instituição cumpriu sua função em relação ao reajuste tarifário do transporte coletivo intermunicipal.
Segundo Nespolo, o reajuste é fundamental para manter o equilíbrio financeiro tanto para as empresas como para os trabalhadores do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, que ameaçam greve no setor.
“Toda parte legal que é pertinente ao propósito legal da Ager foram foi feito, que é calcular os devidos reajustes, fazer o reequilíbrio da Covid. Então nesse momento as empresas têm que responder positivamente e não deixar o salário atrasar. Hoje os contratos estão adequados, às tarifas por mais que causem reflexos momentâneos não positivos, elas são necessárias justamente para que não haja paralisação. Eu conto com bom senso tanto da empresa quanto dos servidores”, declarou o presidente da Ager.
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Questionado sobre as reclamações dos ônibus que fazem a linha intermunicipal, especialmente em relação ao trajeto Várzea Grande a CPA, Luis Alberto relatou que já foram feitas as adequações solicitadas pelo prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB).
“A parte do município não vou falar, que ele já tomou as providências, eu vi que ele adquiriu ônibus, ele fez a gestão pública municipal. Da parte da Ager e isso consta em ata: quando concedemos o reajuste da tarifa amarramos a continuidade desse R$ 4,95 com o fato de aumento de 10% de aumento da frota e assim foi feito pela empresa”, relatou.
Segundo Luis Alberto, as reclamações que causaram manifestação do Terminal André Maggi e em outros pontos do município foram atípicas. “Algumas situações foram atípicas por causa de algumas visitas na cidade, feriado que não se esperava que trabalhasse e se trabalhou. Tirando essa situação existia sem uma necessidade de uma retomada de frota e amarramos aquele aumento para chegar a R$ 4,95 - 0,85 centavos ao fato da empresa colocar 10% de frota a mais, foi colocado 60 ônibus e estava na casa de 50”, disse.
Questionado sobre as declarações do deputado estadual Ludio Cabral (PT), que aponta que o valor da tarifa é superior a R$ 4,95. Segundo Ludio, o valor real é R$ 7,30, sendo que o subsídio de R$ 2,35 por cada passageiro é pago pelo Estado.
“Esse subsídio não nos pertence como Ager e sim ao poder concedente que é representado pela Sinfra. Então, esse subsídio foi recomendado pela Ager, os R$ 4,95 foi decidido pela Ager, que passaria para a população, mas dentro da definição de um serviço público de qualidade e também procura a modicidade tarifária, então, como sugestão de modicidade tarifária a Ager sugeriu ao Poder Concedente que ele assumisse, para não repassar para o público em geral, o relatou fez a propositura e foi acompanhado pelos demais diretores na questão de indicar para Poder Concedente que absorvesse a diferença, uma vez que arrecadador de impostos e uma forma de retornar a população como modicidade tarifária”, relatou.
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