Cerca de 18 funcionários da empresa Excelência Serviços Diversos Ltda, que realizam o transporte dos exames em motos, cruzaram os braços nesta terça-feira (02.01) após o Gabinete de Intervenção não pagar pelos serviços prestados. A dívida corresponde R$ 207 mil referente a duas notas atrasadas.
“Todos as notas foram no período interventivo. Porque a intervenção foi em janeiro. Eu faturei a nota em janeiro, então é dentro da intervenção. E a outra, de dezembro, foi faturada dentro da intervenção. Ambas, já constam no sistema liquidadas. Se você entrar no portal da transparência lá e colocar o nome da minha empresa, você vai ver que lá constam já liquidadas, porém não pagas.”
Ao , a administradora Ana Karolina Palhares informou que a empresa não autorizou a greve, entretanto, os funcionários que estão sem receber parte do décimo terceiro, cruzaram os braços. Segundo Ana Karolina Palhares, em dezembro, o interventor já não lhe atendia.
"O que acontece: com o fundo de reserva saldei todo o salário do mês, paguei parte do décimo, que era o que eu tinha em mãos. E fiquei devendo o restante do décimo terceiro. Então, meus trabalhadores estão sem receber décimo terceiro. Eu fiquei até dia 30 na esperança que o interventor, senhor Augusto, pudesse me pagar uma nota, pelo menos uma, mas o interventor não deu nenhum respaldo. E o pessoal falou, se eles não pagarem, primeiro dia útil não vamos trabalhar e de fato eles não se apresentaram para atividade hoje”, afirmou Ana Karolina Palhares.
A empresária afirma que atualmente está sem caixa para trabalhar. Ela afirma que chegou a implorar pelo pagamento e lamenta que a intervenção estadual tenha conduzido a gestão da saúde sem cumprir os pagamentos. “Pelo que eles propuseram, eu esperava que eles não fizessem isso com a gente. Mas infelizmente fizeram. Esperamos agora que o retorno da comissão do prefeito a gente consiga ajustar, porque, antes da intervenção, nós não estávamos recebendo desta forma.”
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Questionada se piorou a forma de pagamento durante a intervenção, a empresária afirma que antes não esperava juntar quatro notas para cumprir os pagamentos. “Ficamos quatro meses sem receber, pensa o que é meio milhão para uma empresa pequena como a minha, que tem um Capital social de R$ 45 mil. Eu ficar com meio milhão sem receber? Eu fiz foi milagre. É Deus que guarda mesmo, coitado o pobre.”
Outro lado - O entrou em contato com a assessoria do Gabinete Estadual de Intervenção, mas não tivemos retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para esclarecimento.
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