Um material similar a um vidro, com 3,1 milímetros de comprimento, foi encontrado por peritos no sabonete da marca Pom Pom que teria arranhado um bebê de 10 meses, no dia 17 de fevereiro, em Campo Grande. O resultado do exame foi divulgado nesta quarta-feira (17.04) pelo delegado responsável pelo caso, Natanael Balduíno. Procurada pelo G1, a fabricante informou que não foi notificada a sobre o laudo e, por isso, não poderia se manifestar sobre o caso.
Segundo o delegado, os peritos precisaram fazer uma análise microscópica para encontrar o objeto. O próximo passo do inquérito será identificar o lote do produto. “Eu vou entrar em contato com a empresa que mãe da criança disse ter fabricado o produto e verificar o que aconteceu”, relatou ao G1.
Apesar do resultado do laudo, Balduíno acredita se tratar de um caso isolado, possivelmente causado por alguma distração na fabricação do sabonete, mas afirma que a Vigilância Sanitária será acionada ainda. “Se houvesse outros casos, as pessoas teriam reclamado e assim não haveria dúvida de um problema no lote. Eu pretendo acionar a vigilância para apurar o que aconteceu na fábrica”, concluiu. O delegado espera ainda o resultado do exame corpo de delito feito na criança.
Marcas - O incidente aconteceu no hora do banho. A avó, Geanea Gonçalves, 46 anos, relatou que o menino começou a chorar muito, notou sangue na água e em seguida viu arranhões nas costas dele.
A estudante Suzany Medeiros Barbosa, 23 anos, mãe do garoto, postou uma foto dos ferimentos em uma rede social. O objetivo, segundo ela, era fazer um alerta sobre o caso, que acabou ganhando repercussão, inclusive com críticas a respeito da postagem.
“Chegaram a dizer que eu tinha colocado o caco de vidro no sabonete, o que é um absurdo. Não imaginei que teria essa repercussão”, afirmou ao G1 na época do fato, acrescentando que sempre adotou cuidado ao comprar produtos para o filho, que tem tendência à alergia na pele.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).