Em menos de um mês, dois casos de violência obstétrica estão sob investigação em Mato Grosso. Denúncias de violência durante o parto são investigadas no Hospital Regional de Sorriso (a 420 km de Cuiabá) e no Hospital Santa Helena, na Capital.
É investigado pela Secretaria Estadual de Saúde, o caso de Valéria de Mello, de 17 anos, que procurou atendimento no Hospital Regional de Sorriso com fortes contrações. Em um parto que aconteceu no início do mês de junho, a jovem foi submetida a uma cesariana após oito horas de espera.
O esposo de Valéria, Francisco Ronaldo, relatou em suas redes sociais, que a jovem sofreu agressões verbais das enfermeiras e desprezo da médica. Ele mostra em um vídeo os olhos da esposa que sangraram durante o esforço. Ele contou que em tom de deboche, as enfermeiras mandavam a paciente ficar quieta e ironizam dizendo que na hora de fazer estava bom. Ele publicou o desabafo no dia 8 de junho. Ronaldo conta as diversas vezes que a esposa teve o atendimento negligenciado no hospital.
Em nota sobre o caso em Sorriso, a secretária de Estado de Saúde, Kelluby de Oliveira informou que instaurou sindicância para apurar a suposta prática de violência do âmbito do Hospital Regional de Sorriso.
“A sindicância é necessária tendo em vista que embora haja denúncia junto a imprensa não houve qualquer formalização de denúncia junto à SES ou mesmo no âmbito do Hospital. Contudo, diante do relato da paciente nas redes sociais, a SES apura a demanda e continuará priorizando a otimização e humanização da assistência em saúde de todos os cidadãos. O caso será apurado de acordo com os trâmites legais de modo a respeitar o direito à manifestação também dos profissionais e prezar pelo princípio da ampla defesa com responsabilidade e respeito a todos”, cita.
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Outro caso que tramita na Justiça é a denúncia de negligência no Hospital Santa Helena. O caso aconteceu no dia 19 de maio, quando Rosiane Roberta Soares Bento Souza, 21 anos, que estava grávida de 40 semanas sentiu dores e contrações por volta de 1h da madrugada e às 3h a bolsa estourou, sendo encaminhada de ambulância por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico Móvel (Samu) até a maternidade. No hospital a jovem ficou em trabalho de parto até às 18h. Com a demora, Arão Henrique nasceu morto.
O caso foi registrado na delegacia competente. Atualmente a família ainda aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML), documento fundamental para investigação de possível infração penal.
Outro lado – O tentou contato com o diretor do hospital Dr. Marcelo Sandrin, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno.
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